Relato da equipe SELVA Kailash no Chauás Peruibe/2009

Por Ala Costa - 14 Dez 2009 - 17h24
A etapa Chauás Peruíbe 2009 teve uma importância especial para nós da SELVA. O Duda não pode fechar o circuito conosco, mas isto nos trouxe a oportunidade especial de trazer de volta um infante de muita garra, que representa nosso espirito de “faca na caveira”, o Ricardo da Silva. A duas semanas antes da prova, me lembro de ligar para o Ricardo e ao telefone, dizer a ele “Ricardo, tenho uma missão SELVA?”. Não precisei dizer mais nada! Falamos da missão e o Ricardo desde então já começou a se organizar, trocando folga e fazendo acontecer para que tudo desse certo para estar conosco. Com alguns contratempos para sair de Sampa, saímos as 20h30m, Eu, a U (Ursula) e Ricardo. Ah, aqui uma página a parte. Quando chegamos no quartel do Ipiranga para pegar o Ricardo, ele me vem com uma prancha de Surf no braço. Pensei: “Meu Deus, 3 bikes no teto, uma dentro do carro, malas, equipos e mais a prancha de Surf”. No primeiro momento o Stress, mas daí veio a lembrança do Marcinho. Dei risada, junto com os demais soldados e capitão do grupamento de Bombeiros do Ipiranga que nos ajudaram a prender a prancha no carro. A viagem foi tranquila, com muitas risadas e tentamos chegar antes do encerramento de entrega dos mapas e checagem que seria a 00:00, mas infelizmente chegamos somente as 00:30 no Graraú. Sem terror, nos deslocamos para a base operacional SELVA (casa de Fe) para acordar as 6h30m e retornar ao Grajaú para checagem e pegar o mapa. Antes de dormir, realizamos ainda a cerimônia de entrega da farda SELVA ao infante Ricardo, que no ato do recebimento reforçou compromisso com a infantaria. 7hs no Grajaú, checagem feita e agora, com o Marcelinho que felizmente, nos encontrou já com o mapa plotado. Retornamos a base de comando operacional e as pressas, colocamos a farda e agrupamos os demais equipos, incluindo uma breve discussão da prova. Na largada, nos concentramos deixando todos os problemas para trás e focando naquele momento, pois sabiamos que os 65km, de um Chauás, não seria fácil, afinal, Chauás é Chauás. Largada dada e dali, fariamos um pedal muito curto até o PC1, em Barra do Guaraú, para retornar em Trekking novamente ao local da largada (PC2/Quadra Municipal). Quando chegamos no PC2, escuto o Fran dizer “O Pneu do Marcelinho esta furado!”. Postergamos a troca para o PC5, mesmo ponto PC2 e saímos rumo ao PC3 e o adoravel PC3a (Manguezal). Claro gente, o Lucas e o Fran ficam inúmeras horas procurando onde há mangue e subida! Se não for assim não é Chauás e fora o varo matooo...rsss. Chegando no PC4, voltamos acelerados ao PC5, pois além da transição era necessário arrumar o pneu do Marcelinho. Tudo agilizado, saímos de bike para a prainha (PC6/PC9), onde de lá, continuariamos de trekking até o PC8a, passando ainda por uma costeira curta mas de mar agitado e retornando a prainha. Ao chegarmos no PC10, embora o trecho de cautela por ser um Canyoning, uma oportunidade para tomar uma água natural e molhar um “pouco o motor”, afinal motor super aquecido bate lata! Mas, o trecho foi rápido e logo progredimos até o PC13, para uma nova transição onde de Bike nos deslocariamos até o Rio Perequê (PC14). Ao chegar, perguntamos ao Fran onde estava o PC virtual e ele nos respondeu que estava sendo colocado, pois era o PC16 e não estaria logo no inicio da prova. (Lição para reflexão) Isto nos chamou a atenção, pensamos um pouco e rapidamente entramos nas canoas canadenses. No começo do remo, uma adaptação, pois simplismente me deu um branco de como fazer o leme e por algumas vezes eu e a U nos debatemos com alguns galhos (U... perdãoOOO!!). Uma vez que o rio abriu, novamente minha professora de remo (U) organizou a situação e cadenciamos um excelente ritmo no remo, chegando a abrir vantagem dos demais quartetos. Rumo ao PC15, beleza e fácil de encontrar, porém nada comparado com PC16 (virtual), do qual encontramos dificuldade para encontrar e que creditamos a ele o problema de nossa equipe em manter a liderança naquele momento, já que fomos alcandos e ultrapassados pela LifeGuard. Após encontrarmos o PC16, saímos acelerados mas com a certeza que ali perdemos muito tempo, o que confirmou nossa teoria ao cruzar com a LifeGuard já retornando do PC17. Naquele momento, lembrei de muita coisa, mas principalmente do Caco que sempre diz : “Não podemos baixar a moral durante a prova! A prova so termina quando cruzamos a linha de chegada!”. Levantando o moral da Infantaria e URRANDO SELLLVAAAA!!!, demos tudo até o final, pois MISSÃO ACEITA É MISSÃO CUMPRIDA! Não cruzamos a linha de chegada tristes ou abatidos, ao contrário, chegamos no final gritando SELVA e certos de que a missão foi executada! Não poderia ser diferente, ainda mais pelo incentivo dado pelos alunos no trecho final da bike do PC17 ao final. Voltando a base operacional SELVA, já com a adrenalina mais baixa, minhas reflexões me monstraram os lados positivos e negativos de tudo que aconteceu nesta etapa. Dali, mentalizei um plano e fiquei torçendo para ele dar certo, o que dependia ainda do Caco e a Fe chegarem a tempo para ver a premiação. Quando ele chegou foi o sinal! Reunimos a infantaria e fomos a premiação, uma festança na Toca do Lula ao som do Pica-Pau e embalado com canções de MPB e claro... RAUL! Ao sermos chamados para receber o trofel de 2º Lugar, pensei: “É agora!”, partimos para foto: Eu, U, Ricardo e Marcelinho! Foto batida, inclusive mais uma acompanhada do Caco convocado aos urros da equipe “Tá faltando o capitãOOO!”. Quando pensei em pedir a palavra para fazer uma homenagem ao Caco e Ricardo, o Lucas me convoca ao microfone... “Caramba... “ pensei: “Isto não estava no script ...”. Bom, muito nervoso esqueci o que irria falar e tentei responder a pergunta do Lucas. “O que o significa correr com a SELVA?” Bom, da parte que lembro e mais importante, para mim é presente de DEUS fazer parte de uma equipe que possui em sua base a doutrina de agir de forma humilde, correta, respeitando o próximo e a natureza. Agradeci o Ricardo, lembrando estar honrado de contar com um infante das origens da SELVA, o que me deixou MUITO orgulhoso e fazendo uma breve homenagem ao Caco, nosso capitão, treinador e lider! Na oportunidade, gostaria de ressaltar que quando disse: “O Caco é o cara!” não foi de forma pejorativa! Inclusive utilizada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, assim como em Goiás, a expressão é aplicada a uma pessoa excepicional. Logo... “O Caco é uma pessoa excepicional!” Agradeço mais uma vez a TODOS os alunos da SELVA! Vocês nos dão uma dose a mais de motivação e energia. Tivemos mais uma vez alunos e amigos no podium e deixo aqui nosso parabéns para estes guerreios SELLVAAA!! Como gosto de dizer, vocês nos dão alegria, orgulho e enriquessem nossa experiência de vida. Esta lição de vida não tem preço. OBRIGADO a todos e um GRANDE ABRAÇO! Agradecimentos especiais a Fe, que torce muito pela SELVA e me deixou uma mensagem que me inspirou MUITO para esta prova. A TODOS da equipe SELVA que torçem e vibram dentro e fora de prova! A U que sempre se desdobra de coração para fazer acontecer e tudo dar certo em TODAS as provas onde a SELVA compete, estando dentro ou fora da equipe. Ao Ricardo, que mantém ativo o espirito de infante SELVA! O Ricardo amigo de verdade e uma pessoa iluminada! Obrigado a Kailash, Probiotica, Ciclocaravelle e NEAF. Vocês são muito importantes para nós, pois acreditam em nosso trabalho e esforço! E para fechar, OBRIGADOOOO Lucas e Fran! Foram 4 etapas, 4 histórias, 4 oportunidades de apender com erros e acertos e 4 momentos que não vão sair da minha mente! Adoramos fazer Chauás e para mim, é uma prova que faço de coração! PARABÉNS pelo circuito 2009 e pela dedicação e amor de vocês pelo nosso esporte! Precisamos de gente assim! Alã Costa, SELVA KAILASH
Ala Costa
Por Ala Costa
14 Dez 2009 - 17h24 | sudeste |
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