1a Prova: Extremaventura
Primeiro desafio aconteceu em Tijucas do Sul, no Paraná foto: divulgação/Equipe Moleques do Sul- Sulbrasilis |
Com procedimentos pré-largada formalizados, e não satisfeitos com o preço da pousada (R$ 30,00) onde estava a concentração da prova, a equipe decidiu dormir no próprio local de largada, espécie de parque / cachoeira, chamado Saltinho, onde, teoricamente, poderíamos acampar. A aventura estava apenas começando....
Chegamos ao local, próximo à meia-noite, sob fina e intensa chuva e cerração. Não tinha uma viva alma pelas ruas nem no Saltinho. Parecia filme de terror!!! No parque, achamos estranho, visto que fomos informados que haviam equipes e que as bikes já estavam lá.
(Como não tinha equipe de apoio, tínhamos que deixar as bikes neste local. A organizaçao depois levou as equipes de ônibus até o local, e os carros, ficaram na pousada sede da organização, com mais espaço e melhor estrutura. Como estávamos com nosso amigo Marco (foi especialmente para tirar algumas fotos e dirigir na volta para a outra prova), decidimos ir por conta até o local, sem pegar o ônibus)
Não achamos ninguém (não tinha iluminação, nem placas, e o parque não era pequeno. As outras equipes chegaram lá após o Briefing, guiadas pela organização), nem local seco para dormir. Esgotados, lá pela 1 da manhã, tivemos que recorrer a um posto de gasolina na cidade. E "dále" galera dormindo no chãozão!!! Com direito a um sapolha e uma perereca quase dando beijo na boca no Gustavo!!!
Acordamos totalmente duro, e com sono... fomos rapidamente pro local pra tentarmos achar a largada, pois ainda tínhamos que montar as bikes e mandar os últimos preparativos...De dia, foi um pouco mais fácil de encontrar. Tínhamos passado bem perto e não conseguimos ver!!!
A prova, que estava marcada para largar às 7 horas, atrasou e largou às 8. Tudo bem, como chegamos cedo, deu tempo de alongar, comer e garantir uma vaguinha em baixo do pórtico de largada!!!
A Prova - A largada foi tumultuada, muitas bikes e rua estreita, apimentada por uma chuvinha fria que deixou tudo "lameado". Sorte que largamos na frente, fugindo do bolo. Seriam 35 km de bike, num emaranhado de estradinhas secundárias que dava nó em qualquer um!!! Parecia uma teia de aranha. Pela carta, tinham milhares de opções que levariam a AT1. Tínhamos estudado bem o mapa, escolhendo o caminho mais curto e com menos desnível. Aferimos distâncias, e teoricamente, era só seguir com atenção...
Estávamos no primeiro pelotão com outras 2 equipes, e havia uma equipe mais à frente, fora da nossa vista. Permanecemos assim, até que pegamos um atalho que tínhamos escolhido na noite anterior. As 2 outras equipes, não perceberam, e seguiram direto pela principal (que dava uns 10-12 km a mais de percurso). Pelas marcas no chão, vimos que a equipe da frente, tinha escolhido a mesma rota que a gente.
Tudo fechava perfeitamente: azimute, distâncias... até que entramos num down-hill em single-track animal!!! Perfeito. Estamos no caminho certo!!! Pensamos: a galera escolheu um percurso muito bom, bem variado!!!
Após o Down-Hill, a trilha fechou e virou um empurra-bike forte. Mas tudo bem, faltavam apenas 300 metros para chegarmos em outra estrada, principal. Resolvemos seguir. Tivemos que até que cruzar um rio de forte corrente com água na cintura e bike na cabeça!!! Estava uma verdadeira aventura!!! Porém, muito demorada...levamos mais de uma hora pra fazer isto!!
Do outro lado, a estrada. Mais 2,5 km, chegamos (creio que em 12o lugar) no PC2/AT1. Porém, uma hora e meia atrás dos líderes, que seguiram pelo caminho mais longo!!! Realmente, não dava pra entender, nem saber que o caminho maior seria o mais rápido, ainda mais, que todas as estradas estavam plotadas da mesma forma na carta?!
Tudo bem, tinha muita prova pela frente!! PC2/AT1, partimos para a natação, na represa Vossoroca. A água estava bem fria!!! Em seguida, um pequeno trekking até onde se iniciaria o trecho de bóia-cross (já carregando as camaras de caminhão).
A etapa de bóia, foi um sofrimento. Foram nada mais nada menos do que 3 km de remada em cima da bóia, na represa, com garoa e vento contra!!! Ruim pra gente, pior para outras equipes, que deixamos para trás...
Aos poucos, fomos recuperando posições. Depois da represa, já estávamos em sexto. Foi neste PC (5) que tivemos mais uma triste notícia: podia ter uma caixa com roupas e alimentos, para reabastecimento. Enquanto algumas equipes colocavam suas roupas secas e pegavam um rango sequinho, nós trincamos os dentes e continuamos com nossas roupas e "mindoin" molhado!!!
O trekking seguinte, fizemos quase que todo correndo. Chegamos no PC6 em 4o lugar, com muita vontade de recuperar!!! Atrás 1 hora dos líderes e 25 minutos atrás do 3o colocado. O PC 7 (pico do papanduva, à 1600 mts) acabou sendo cancelado. Seria menos tempo pra poder recuperar..
Continuamos com o Trekking forte até o rapel (PC8), chegando praticamente juntos com a equipe que estava em 3o. Eles tiveram vantagem de descer primeiro, e ganharam uns 5 minutos. Atrás da gente, já encostou a equipe Paranaventura, que estava em 5o.
Mais um pequeno trekking até o PC9, transição para bike. Rapidamente, saímos para o pedal a fim de terminarmos em 3o. Em 2 minutos, alcançamos o pessoal e conquistamos a terceira posição. Ia tudo muito bem, até que novamente a estrada que tínhamos escolhido, acabou!!!! Daí bateu o desânimo. Pensamos em desistir...Resolvemos voltar e fazer um outro caminho que daria uns 20 km a mais, porém (pela carta), indicava ser uma estrada movimentada.
Anoiteceu, ficou mais frio, e a chuva continuava... O Pedro, que estava fazendo aniversário, parecia não estar gostando muito do presente...Paramos numa casa, pedimos algumas informações, tomamos um café quente, e eles nos explicaram um caminho, próximo da onde tínhamos desistido. Porém, este caminho, na carta, não tinha saída!!!
Desencamos de vez, e só queríamos chegar ao fim...Encontramos outras equipes também que já não sabiam onde estavam.. Acabamos dando uma volta maior e retornando pela BR-376 (que não havia nenhuma proibição). Na BR, uma parada estratégia para repor as energias com Diamante Negro e Coca-Cola, além de tirar o excesso de lama das bikes, que já nem rodavam direito.
Terminamos a prova às 22 horas, em 6o lugar, tendo dúvidas sobre a confiabilidade das cartas (atualização). Conversamos com os amigos, colocamos as coisas no carro, e voltamos pra Floripa. No caminho, paramos para repor as energias com 2 x-saladas pra cada um...
2a prova: Expedição Paz na Terra
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Acordamos umas 8, tiramos o excesso de barro das roupas e tênis e colocamos as coisas pra secar. Enquanto uns foram comprar comida pro café e para a prova, os outros ficaram ajeitando as bikes, obrigatórios,....
Neste meio tempo, a outra mulher da equipe, Lisiane Geisler, apareceu e começou a ajudar nos preparativos. Estávamos bem tranquilos, até em demasia (com preguiça também) sem preocupação de obter uma boa colocação. Apenas queríamos terminar a prova, e ver como estava o preparo físico para provas mais longas.
Os 4 integrantes da equipe eram obrigados a fazer uma corrida de orientação (com prismas). a regra é que quem não completasse o percurso, tomaria 30 minutos de penalização, porém, não tinha tempo limite pra fazer o percurso. Fizemos andando, para não cansar. Tinham várias equipes que estavam sempre correndo, e sempre atrás da gente..
Após a orientação, ainda deu tempo de descansar mais um pouquinho e comer mais...12:15, um rápido briefing, e 12:30, os mapas. Tivemos que ser rápidos pra estudar as sequências de modalidades e definir as estratégias.
Largada - Partimos de trekking da CIDASC - Camping do Rio Vermelho, em direção ao trapiche da Costa da Lagoa. No caminho, só as outras equipes ultrapassando e soltando piadinhas... Realmente, as pernas estavam moles e não dava pra correr muito!!!
No Trapiche, transição para natação. Fizemos rapidamente, e fomos uns dos primeiros a iniciar na água. Do outro lado, também saímos entre os primeiros da água, e com uma transição rápida, fomos os primeiros a sair para o Trekking.
Começamos correndo, com intuito de não deixar pistas para outras equipes. Próximo ao PC2, virtual, a equipe Uakti nos alcançou, e a partir daí, fizemos todo o trekking juntos. A trilha era fechada, cheio de bifurcações, diminuindo nosso ritmo e nos induzindo a vários pequenos erros de navegação.
No PC3, na Vargem Grande, transição para bike, saímos 2 minutos atrás dos Uakti. Com um pedal acelerado, encostamos novamente, e fomos mais um trecho juntos. No PC 5, virtual, fomos mais rápidos e estávamos uns 100-200 metros na frente deles.
Passamos pelo PC6 Virtual sem parar, e cruzamos as dunas em direção ao Moçambique sempre um pocuo na frente da 2a equipe, Uakti. No PC7, onde as equipes eram obrigadas a parar 5 minutos (tinha água e frutas para as equipes), percebemos que abrimos um pouquinho mais, 2 ou 3 minutos.
Antes de sairmos da parada obrigatória, vimos que eles tinham esquecido o PC6, virtual, e foram obrigados a voltar. Não aliaviamos o ritmo, e fomos correndo até o Rapel, PC8, situado no costão da praia do Santinho. Na volta (PC9=PC7), não cruzamos com eles, pois haviam 2 opções de trilha.
No PC9, verificamos que agora tínhamos 35 minutos de vantagem, e a 3a equipe, nem sinal. Começamos a pensar em vitória!!! Eram mais uns 10 km de bike até o trapiche da Costa da Lagoa, transição para o Caiaque.
Iniciamos para os 12 km de caiaque pela Lagoa da Conceição já no escuro da noite. Fomos num ritmo confortável, sem preocupações com os adversários. O PC12 era o mesmo do PC10, então voltamos, pegamos nossas bikes, e num ritmo muito lento (10km/h), matamos o último trecho da prova: 4 km de bike até o local de largada (Camping do Rio Vermelho). Aí foi só alegria e comemoração.
A segunda colocada, equipe Uakti, chegou uma hora depois, e a terceira, Narrobada, umas 2 ou 3.
Equipe www.sulbrasilis.com.br
Apoio:
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Central Bike - www.centralbike.com.br
23 Abr 2003 - 18h48 | General |
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