Chegamos ao local da corrida no sábado a tarde, preocupados com a construção da tal jangada Ecomaverick, invenção do Anderson para esta etapa do circuito. Todas as equipes agrupadas no fim da tarde, testando suas tecnologias e escondendo suas surpresas flutuantes dos adversários.
Às 21h começou o briefing e depois disso a galera estava liberada para comer e levar as jangadas para o AT. Nessa confusão acabamos indo dormir às 2h, com a largada prevista para as 4h da manhã! Correria... Chegamos às 4h05 na largada e a buzina já tinha tocado. Decepção e desespero dominaram a equipe Brou ao ver as headlamps correndo já longe. Logo em seguida, todo mundo se reagrupou procurando o PC1. Depois de bater cabeça e passar várias vezes pelos mesmos locais, tomamos um rumo e finalmente batemos o PC1 às 5h30, em penúltimos na classificação geral. Além da dupla Brou (Zé Elias e Juninho), estava também o Igor Lopes (Solo Brou) e o Vital e Matheus, a mineirada, perdida mas unida!
Rasgamos um mato para descer o morro e recuperamos umas 5 posições nessa descida amalucada, sem lanterna (minha headlamp estava sem pilhas e não consegui comprar), confiando no instinto e na luz prateada da lua cheia. Seguimos juntos nessa equipe/MG até o rapel, sempre buscando posições. Na descida do rapel para o AT, acabamos nos separando e foi cada um por si!
Descemos a jangada na cola do Vital e cortamos um caminho pela beira do rio na volta para o AT para buscar as bikes, o que nos rendeu mais uns 20 minutos de vantagem. Começamos a pedalar na brutalidade na esperança de ir buscando a galera na nossa especialidade. No PC 7, no alto de uma subida inacreditável (o sol estava judiando), nos surpreendemos ao ver que estávamos já em 4º geral, 1 hora atrás dos líderes Pedro Pinheiro e Alexandre Menezes, e 40 minutos do 3º colocado Vamberto Baroni.
Seguimos socando a bota e encontramos o Vamberto meio perdido no meio do caminho. Seguimos os três até o PC9, evitando o “atalho” sugerido pelo Anderson por um tal barranco na beira da estradinha (todos que foram se deram mal). No PC9 encontramos o Pedro e o Alexandre, descansando. O Pedro saiu antes e deu uma volta grande por não passar a um local supostamente proibido.
Descemos a trilha e chegamos rapidinho no bóia-cross, eu, Juninho e Vamberto, com o Alexandre ficando um pouco para trás. Neste momento já estávamos na liderança geral. Com a folga e cansados demais (já eram 9h de prova) descemos o bóia-cross ao estilo “rio lento” e quando saímos nos assustamos com o Pedro, que já estava no rio, apesar da volta de mais de 20km de bike que ele tinha dado. Ele estava forte demais. Montamos na bike outra vez e seguimos com o Vamberto para os 40km finais, sofridos e na pressão pela liderança geral, pois sabíamos que o Pedro estava só uns 10 minutos atrás da gente. No meio do caminho o Vamberto sentiu o cansaço e seguimos só os Brous até o fim. Na Aventura ainda levamos o 2º lugar no solo, com o “manager” da equipe Igor Lopes chegando na cola do Wagner, que foi o 1º.
Provinha bacana e organizada (apesar da má fama que as provas Ecomaverick tinham aqui em MG), sofrida, bem variada e o melhor de tudo: depois de quase 90 km, saímos da última posição para o posto mais alto do pódio! É muita brutalidade.
Aguardamos todos na 1ª Corrida Brou Aventuras, em 20 de março em Acaiaca/MG. Mais informações, visite: www.brouaventuras.com.br