Por: Luzia Canelha
Antes de sair de SP, verifiquei a previsão do tempo, que não era das boas: frio e chuva na 1ª etapa do Haka Race de Extrema. Perguntei ao Taka meu companheiro de equipe, levo o anorak ou não, ele como é homem e não sente frio me disse o seguinte: “que nada, acho que você não vai usar”. Muito bem deixei o anorak em casa.
Na largada estava um sol maravilhoso, passamos até protetor solar, mas no caminho até o PC1 começou a bendita chuva e aí não parou e mais. E eu sentindo muita falta do meu anorak.
Optamos em deixar as bikes no PC1b/AT1 por motivos estratégicos, seguimos de trekking para o PC2 e depois para o PC3, que tinha uma subida interminável, inclusive se não fosse o Taka engatar uma cordinha em mim e me puxar teríamos demorado muito mais que o previsto, chegando lá, pudemos apreciar uma vista maravilhosa de 360º da cidade de Extrema e Itapeva. Valeu cada gota de suor e toda a lama que enfrentamos e só isso nos faz crer que a Corrida de Aventura nos leva a lugares maravilhosos que poucas pessoas tem o privilégio de conhecer. Lá também encontramos a Ciça e o Luis, ambos estavam fazendo a prova Solo, e juntos decidimos o melhor caminho a seguir no meio da montanha, pois exatamente nesse trecho a navegação exigiu um pouco mais das equipes.
Continuamos de trekking para o PC4 e PC5 onde enfrentamos mais chuva, muita lama, frio e uma bela paisagem.
Chegamos no PC6 onde tivemos que aguardar 50 minutos para remar e nesse momento aproveitamos para repor as energias e conhecer melhor a Ciça e o Luis. Como sempre nas corridas de aventura não poderia faltar um cachorro preto, louco pelo lanchinho da galera.
Quando entramos no rio pude constatar que começava a aventura de verdade. Segundo informações o rio estava 2 metros acima do nível normal. Tinha muita curva e correnteza e a chuva não deu trégua, inclusive aumentou e estava trovoando bastante. Tive a impressão que nunca ia chegar o PC7 e logo no começo eu me enrosquei numa mangueira enrolada com arame farpado que cruzava o rio de uma margem a outra e o Taka, todo prestativo tentando me ajudar, acabou virando o caiaque e eu nem pude fazer nada para ajudá-lo porque estava enroscada no arame farpado. Realmente um aventura esse trecho da prova, mas valeu a pena, saímos da canoagem muito contentes porque enfim conseguimos pegar nossas queridas bicicletas.
O pedal foi bem tranqüilo, quase sem subidas, e navegação bem fácil, enfim chegamos ao final de mais uma prova. Para mim não importa a colocação, o simples fato de conseguir concluir já me deixa muito satisfeita.
Agradeço ao Taka, que foi um grande companheiro de equipe por me ajudar a vencer mais um desafio.
Luzia Canelha
Equipe Iron
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