Equipe Atenah representa a América do Sul no Raid Gauloises Quirguistão

Por - 04 Jun 2003 - 10h40

Primeira equipe do Brasil de corridas de aventura predominantemente feminina, a Atenah vai ser a única representante sul-americana na Raid Gauloises, a maior e mais tradicional prova do gênero no Mundo. A disputa terá nada menos que 950 km de percurso, entre os dias 10 e 19, no Quirguistão, inóspito país da Ásia Central, que tem 90% de seu território ocupado por montanhas, com altitude média de 2.750 metros e picos acima de 7 mil metros.

A competição reunirá os 39 melhores times de todo o Mundo, todos convidados. A Atenah foi escolhida devido à sua grande atuação, junto com a equipe EMA Brasil (Alexandre Freitas e José Pupo) na Raid de 2002, no Vietnam, chegando em 8º lugar, a melhor colocação brasileira em provas internacionais. No Quirguistão, os times terão de superar os desafios, fazendo trekking, mountain bike, canoa inflável, rafting, expedição a cavalo e atividades com cordas, principalmente com a orientação (navegação por bússolas e mapas).

Ao contrário de praticamente todas as equipes, que contam com a maioria masculina, a Atenah se destaca por ter em sua formação três mulheres, Eleonora Audrá, a Nora, 25 anos, Karina Bacha, 24, Sylvia Guimarães, a Shubi, 27. As três terão a companhia de Vinícius Mori da Cruz, 25. “Pela alegria e o ritmo de samba da equipe, que contagiou a todos e engrandeceu ainda mais a nossa participação na Raid do Vietnam, a organização escolheu a nossa equipe como uma das favoritas a conquistar o coração de todos no Quirguistão”, comenta Nora.

E mesmo competindo com equipes com a força masculina na maioria, as meninas da Atenah pensam alto. O objetivo é ficar entre as 15 melhores. O treinamento foi intenso e inclui até a participação das três em provas de canoa havaiana, para ganhar condicionamento nas remadas. Junto com a equipe Aloha (campeã nacional da modalidade), elas competiram em março, na Volta à Ilha de Santo Amaro, a maior travessia de canoagem feita num único dia, sagrando-se as vencedoras.

“As principais dificuldades que enfrentaremos serão a altitude, que vai atingir até 4.400 metros, e a variação climática, que pode ir dos 35 graus durante o dia até os 10 negativos à noite nas montanhas”, acrescenta a atleta da Atenah, que viajou com o apoio da PowerBar, Evoke, Adventure Gears e Kailash. “Temos raça, força e vamos dar trabalho”, diz Nora.

O nome Atenah é uma referência à deusa grega, Atena, da sabedoria, da guerra e da paz. A que incorpora características masculinas em corpo e alma femininos; aliando estratégia com força física, subjetividade e objetividade. “Quando montamos a Atenah, fomos atrás de um nome que demonstrasse o nosso diferencial. Queríamos uma deusa poderosa e que tivesse características parecidas com as nossas. Por isso escolhemos Atena. É uma deusa que vencia suas batalhas como o poder da mente”, conta Nora.

Se a Atenah fosse uma pessoa? Ela seria sensata, inteligente, feminina, charmosa, competente, forte, saudável, verdadeira, que se cuida, que se ama, que se acredita, que se valoriza e que respeita a natureza e a vida”, destaca Shubi, que já participou de três edições do Eco Challenge, em Borneo, Nova Zelândia e Fiji (as duas últimas com as companheiras Nora e Karina).

Mais informações sobre a prova no site: www.raidgauloises.com

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04 Jun 2003 - 10h40 | geral |
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