Chauás Audax Sul explorou terreno na divisa do PR e SC

Por Wladimir Togumi - 10 Ago 2010 - 11h17

Uma prova dura e muito bonita. Essa foi o a definição dada pelos participantes da segunda etapa da Chauás Audax Sul, uma união da organizadora paulista Chauás e os atletas paranaenses da equipe Audax. Apesar de ser a segunda vez que trabalham juntos, foi a primeira em que toda a responsabilidade de montagem da prova ficou com o pessoal da Audax.

O sol apareceu para aquecer um pouco os corpos (e os ânimos), mas nos pontos mais altos o vento gelado voltava a lembrar os competidores que o final de semana seria de frio intenso. Com seus equipamentos e mochilas deixados nas bicicletas, muitos competidores tiraram suas blusas e correram com elas nas mãos até a primeira transição.

O ponto alto da corrida foi o Pico do Araçatuba (PC6), na divisa dos Estados do Paraná e Santa Catarina. De lá era possível ver o litoral paranaense e cidades como Guaratuba e Paranaguá. Para chegar lá os participantes enfrentaram um duro trekking com muita subida e navegação e foi o trecho em que algumas equipes acabaram perdendo bastante tempo para encontrar o caminho correto.

O capim rasteiro nas montanhas forma um tapete gigante e a inexistência de grandes referências exigiu muito dos navegadores, que precisavam confiar no azimute para encontrar as passagens certas.

A dupla masculina Almark tomou a dianteira do pelotão desde o começo da prova, abrindo ainda mais distância na seção de mountain biking. Era quase 16h00 quando a dupla chegou no Araçatuba. Cerca de uma hora depois chegou o primeiro quarteto, Guartelá. O restante do grupo pode apreciar o pôr-do-sol enquanto seguia em direção à estrada para pegar novamente as bicicletas.

Sem sol, a temperatura caiu rapidamente e os competidores tinham ainda muita prova pela frente, inclusive duas temidas seções de canoagem, que foi enfrentada somente pelas primeiras colocadas. As outras equipes foram cortadas e seguiram pedalando direto para a chegada.

Os vencedores terminaram a prova em quase 24 horas. "Isso já resume um pouco a prova. Foi pesada... em nivel máximo. O pedal estava muito pesado, muito exigente, muito travado, não rendia. A parte do trekking foi uma beleza fotográfica impecável. Um lugar muito bonito mesmo, parecia até que estávamos em outro país. Umas montanhas maravilhosas e alguns campos de altitude de onde conseguíamos ver a Baía da Babitonga, que se encontra a quase 100 quilômetros de distância. Os organizadores estão de parabéns, conseguiram fazer uma prova num nível muito legal mesmo", comentou Alexandre Carrano.

"Somos uma uma equipe que se sobressai na adversidade. A gente não tem preparo fisico de explosão então a gente consegue administrar bem, se cuidar bem e um dos nosso pontos mais fortes é o trabaho em equipe mesmo. E o frio a gente conseguiu fazer uma logistica bacana, mas não foi fácil. Teve momentos na bike em que a mão parecia que estava literalmente congelada. Não conseguia apertar nem o manete do freio. A gente entrou para remar na represa à meia-noite e tinha um nevoeiro baixo e por mais que se isole, no duck sempre ficamos molhado. A gente improvisou de todo o jeito, enrolamos manta térmica onde dava e fomos embora."

Expedição
Quartetos

1 - Guartelá
2 - Papaventuras (corte pc11)

Duplas
1 - Allmak
2 - Rei do Forte
3 - Brazukas (corte PC11)
3 - Sussuarana (corte PC11)
3 - Santa Rita (corte PC11)

Light
Masculina

1- FH BPM
2- Clube de aventura - SNAKE
3- Gapianos

Mistas
1 - Chauá
2 - FIT
3 - Tramontrip

Wladimir Togumi
Por Wladimir Togumi
10 Ago 2010 - 11h17 | sul |
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