Após uma boa noite de sono a nossa equipe chegou na praça matriz da cidade de Socorro, local da segunda etapa do Circuito Powerbar Natura Short Adventure, para retirar o mapa e fazer os últimos preparativos para mais uma aventura. Pela frente teríamos um percurso de 51km a serem cumpridos nas modalidades de orientação, trekking, mountain bike, trekking, canoagem em ducks e técnicas verticais. Junto com Michael Breslin, amigo de outras roubadas, formamos a equipe UPFIT/Portal da Aventura, que se completou os apoios Claudia Tazitu e Valéria Amorin.
Tudo pronto. Mapa plotado e plastificado, caramanholas cheias, comida nas mochilas. Desta vez optamos por um nova estratégia e o objetivo seria de tentar acompanhar as melhores equipes durante o maior tempo possível e por isso perfilamos nossas bicicletas “coladas” nas das equipes de ponta. Depois de uma pequena volta de apresentação com a participação de algumas crianças locais, foi dada a largada e todos seguiram para os primeiros 17 km de mountain bike. Largamos forte como planejado e nos mantivemos junto ao primeiro pelotão até perto do quilômetro 11, quando as “pirambas” de Socorro começaram a impor o respeito que perdurou por toda a prova. Neste primeiro trecho tivemos que encontrar 2 PCs virtuais antes de encontrarmos nossos apoios.
A falta de chuvas deixou as estradas muito secas e a passagem de carros levantava muita poeira, um outro obstáculo a mais a ser enfrentado pelos competidores. Com o ritmo imposto por nós eu acabei por me desgastar rapidamente e em razão disso perdemos muitas posições. Tanto é que meu companheiro de equipe precisou esperar por aproximadamente 15 minutos em uma bifurcação até nos encontrarmos novamente.
No PC 3/AT1 foi realizado a transição de mountain bike para o duck, realizado no Rio do Peixe, em um trecho de aproximadamente 5 quilômetros. Em razão do baixo nível do rio foi necessário fazer algumas portagens, caso contrário ficaríamos encalhados. Conseguimos ganhar umas quatro posições dentro do rio. A água gelada do rio acabou causando muitas dores e câimbras nas minhas pernas.
Chegamos no PC 4/AT2 na 41ª colocação, muito longe do que havíamos planejado, mas como havia muita prova pela frente, seguimos em busca de uma melhor colocação. Deixamos o duck para entrar numa curta etapa de trekking com mais ou menos 5 quilômetros mas com uma navegação um pouco mais complexa. Acabamos por perder uns 30 minutos na procura pelo PC5 virtual, chegando no PC6/AT3 na 63ª colocação. Que desastre: perdemos 20 posições com o erro de navegação. Fiquei um pouco frustado e as câimbras estavam cada vez mais fortes e mais difíceis de controlar. Realizamos uma transição um pouco mais lenta e aproveitamos para trocar as meias e nos alimentar melhor, pois essa seria a última vez que encontraríamos a equipe de apoio.
A próxima etapa foi composta de 15 quilômetros de mountain bike até o local do rapel. As subidas e a poeira mais uma vez se fizeram presentes na prova. Fica aqui uma indignação: Não entendo o por quê de alguns carros de apoio trafegarem neste percurso levantando ainda mais poeira e prejudicando os competidores sendo que eles não tinham função nenhuma neste trecho da prova. As equipes só iriam se encontrar novamente na linha de chegada. Muitos competidores que estavam próximos a mim reclamaram desse tráfego. Falta de bom senso...
Um single track muito técnico fez parte deste trecho da prova, mas como não podia ser diferente, as subidas e o número que competidores próximos uns aos outros impossibilitava todos de pedalar naquele momento. A única opção foi empurrar a bicicleta mais uma vez.
Passamos no PC7 na 51ª colocação e apesar das dores a recuperação nos motivava a tentar impôr um ritmo cada vez mais forte em busca de novas posições. Depois de passar pelo PC8 virtual senti uma câimbra generalizada na parte anterior e posterior da perna. Tive que ficar mais ou menos 5 minutos parado com as duas pernas semi flexionadas até que a musculatura relaxasse e eu conseguisse caminhar novamente.
Chegamos no PC9 na 31ª colocação. Neste ponto a dupla se separava e enquanto um dos competidores fazia o rapel o outro seguia por uma trilha até o PC10. De volta para o alto da pedra (PC11) os dois se encontravam novamente e seguiam para o final da corrida. Por sorte o Michael pegou uma pequena fila de 4 pessoas para fazer a descida na corda e chegamos praticamente juntos no PC 11.
Partimos para a última etapa da prova, mais uma vez de mountain bike, mas desta vez só descida, até a cidade de Socorro. Foram 7 quilômetros de muita velocidade e preocupação para não perder nenhuma posição. Porém perdemos uma colocação dentro da cidade e fechamos a prova na 29ª colocação, por volta das 16:30 horas.
A vitória ficou com a equipe Ideal Adventure, formada por competidores locais. A classificação de cada categoria ficou da seguinte maneira:
Masculina: Ideal Adventure, Marina GO e Adventure Camp
Mista: Mamelucos, FAAP Adventure e Eco2
Master: G3K, IBDCoop e Sem Pastro
Feminina: 4any1 e Kailash
Foi uma prova muito bonita, que exigiu um ótimo preparo físico dos competidores. Apesar da minha frustação comigo mesmo no início da prova gostei muito do final pois mostrou que nossa equipe, teve capacidade de superar as dificuldades e desenvolver uma corrida de recuperação. Gostaria de agradecer aos meus companheiros de equipe Michael Breslin, Claudia Tazitu e Valeria Amorin.
Até a próxima aventura!!!
Sidney Togumi
Equipe UPFIT/Portal da Aventura
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