A prova começou com a caminhada da praia do Maçarico até o
porto do Felício, onde os atletas atravessaram a nado uma enseada de
400 metros até alcançar a Camboa Portilho e iniciar a trilha
rumando para o Farol Velho e praia do Atalaia. Nesse primeiro trecho da aventura,
os participantes tiveram que recolher pelo menos dois quilos de lixo na praia,
como forma de preservação do meio ambiente. Ainda eram 9h quando
as equipes cruzaram o Atalaia e seguiram para a primeira trilha na mata. Durante
toda a manhã, eles percorreram diversas localidades. Em Tatuateua houve
distribuição de material escolar e dos alimentos doados pelas
equipes no início da competição.
O trecho de 56km de bicicleta foi considerado o mais difícil pelos participantes. Mesmo assim, às 17h as equipes já tinham percorrido 70% do percurso e chegaram ao acampamento ainda com a luz do sol brilhando. O cansaço levou todo mundo cedo para a rede e antecipou em pelo menos duas horas a chegada na praia do Maçarico. Os útlimos trechos percorridos pelas equipes foram a travessia oceânica e uma caminhada com o barco na cabeça até a linha de chegada. A primeira equipe a cruzar a linha de chegada foi a Companhia Athlética seguida da Equipe Soure Radical. Em terceiro colocado ficou a equipe Afal.
Sucesso - A organização da prova considerou fundamental o apoio
do Governo do Estado que disponibilizou equipes do Corpo de Bombeiros, Secretaria
Executiva de Esporte e Lazer (Seel), Detran, Polícia Militar, Policia
Rodoviária Estadual e Secretaria Executiva de Saúde (Sespa) para
colaborar com a infra-estrutura e segurança dos atletas. Segundo Murilo
Bellesi, presidente da Kaluanã, a expectativa é pela consolidação
da parceria, visando as próximas competições no Pará e
ainda no eixo do Nordeste.
De imediato, os organizadores e participantes consideram que uma das finalidades da corrida foi cumprida: revelar belezas naturais dos municípios de Salinópolis e Maracanã ainda não conhecidas da maioria da população.
Paisagem - Os próprios participantes sentiram-se privilegiados. "Essa etapa foi o máximo. Cruzamos lugares de belezas inesquecíveis. Da área de acampamento podemos ver toda beleza das praias do Atalaia", disse a atleta Ana Paula Rodrigues, da equipe Kaser Oficina, uma das primeiras a chegar depois de trinta horas de prova. Outro atleta que considerou o percurso muito bom em função das paisagens turísticas foi Brício Galrão, da Companhia Atlética. "A tendência desse tipo de esporte é crescer em função do turismo em lugares ainda não conhecidos pela população", avaliou.
Os atletas têm razão. Todo o percurso da prova era cercado de belezas naturais, dando ao evento um caráter expedicionário. A largada foi na praia do Maçarico, às 5h da manhã de sábado (26). O encerramento aconteceu no domingo, com a primeira equipe cruzando a linha de chegada às 7h30 da manhã.
No final da competição, a confraternização foi
geral. Cada vez que uma equipe se aproximava da linha de chegada havia muita
comemoração. A sensação dos atletas, das equipes
de apoio e dos familiares dos participantes era de dever cumprido. O titular
da Seel, José Angelo Miranda, representou o Governo do Estado na festa
de chegada dos aventureiros.
Tranquilidade - Nenhum incidente grave foi registrado no decorrer da prova. A Seel, em parceria com o grupo de resgate da Kaluanã, disponibilizou a infra-estrutura para garantir socorro imediato aos esportistas, caso necessário. Os atletas chegaram bem de saúde, mas aparentando sinais de cansaço pela exigência física da prova. A próxima etapa do circuito paraense de corrida de aventura ainda não foi definida. Segundo Murilo Bellesi, presidente da Kaluanã, três municípios estão no páreo para sediar a competição: Augusto Corrêa, na região Nordeste; Soure, no Marajó; e Barcarena, no Baixo Tocantins.
O próximo evento vai valer pela etapa Nordeste de corrida de aventura. E a etapa que será realizada em Pernambuco valerá pela última etapa do circuito paraense. Daí a expectativa dos competidores. "Nós esperamos a classificação de pelo menos duas equipes do Pará para a odisséia Pernambucana que será realizada em dezembro", revelou Murilo Bellesi. Caso consiga a classificação, será a primeira vez que o Pará levará representantes para a competição nacional. "Nós estamos ansiosos porque no nacional será nossa prova de fogo, pois estamos participando desse tipo de esporte há dois anos", completou.
A equipe da Companhia Atlética aparenta ser a mais forte para a classificação. Das três etapas já realizadas no Pará, a equipe venceu a etapa de Belém (Belém e Ananindeua) e ficou em segundo na etapa do Marajó. Em Salinópolis, eles foram os primeiros a cruzar a linha de chegada.
Mais informações: www.kaluana.com
01 Set 2003 - 18h24 | nordeste |
