O 17º Revezamento Volta à Ilha Asics será no dia 14 de abril, mas para a maioria dos 3.700 atletas a competição já começou. Aos que buscam um lugar no pódio entre as equipes de elite, a preparação exige muita dedicação, disciplina e um treinamento específico no mês que antecede o evento, sem esquecer dos cuidados médicos para evitar lesões. O Volta à Ilha 2012 será realizado em Florianópolis, onde 400 equipes, formadas por profissionais e amantes de corrida, irão competir por 140 km, cruzando praias, trilhas, asfalto e morros. Os primeiros corredores largam a partir das 4h15 e os atletas de elite, às 7h30.
O desafio é grande e o ritmo precisa ser de atleta. Marcos Capistrano, 33, é atleta profissional e foi campeão geral ano passado com a equipe Beckhauser Malhas. Com média de 3,28 min/km, os oito integrantes concluíram a prova em 8h 55mim. “Desde o ano passado, estamos pensando e nos preparando para o Volta à Ilha. Agora, com a aproximação do evento e os trechos de cada atleta definidos, podemos realizar treinamentos específicos”, explica Capistrano sem revelar os trechos que irá correr.
Formada por atletas de diferentes cidades, a equipe não treina junta todos os dias. Às 7 horas , Capistrano acorda, toma café da manhã e uma hora depois já está literalmente com os pés na estrada. São dois treinos, um pela manhã e outro à tarde, seis vezes por semana. Uma média de 25 km por dia e de um percurso inteiro do Volta à Ilha por semana. “Quem deve correr trechos mais longos e desgastantes busca intensificar questões como força e resistência nos treinamentos, enquanto outros tentam aprimorar a velocidade em trechos mais fáceis”, explica o atleta que também é treinador em Curitiba. “A competição é muito acirrada, são segundos que podem fazer a diferença”, avalia Capistrano reconhecendo a força dos adversários.
Não menos empolgados, mas com certeza em outro ritmo, estão os atletas que disputam a categoria participação. A engenheira elétrica Maira Cristina Osmari, 24, irá participar pela primeira vez da competição e já se prepara com foco no Volta à Ilha desde fevereiro. “Corro quatro vezes por semana com treinos alternados de 5 km e 10 km.” Maira deve realizar o trecho da praia da Daniela e já foi correr no local. “Por enquanto não estou preocupada, mas na hora acho que a adrenalina vai pegar”, conta ela.
Não é apenas colocar o tênis e sair correndo
Não importa se a categoria é participação ou é para valer, os cuidados com a saúde são essenciais para um desempenho melhor na prova. O ideal é realizar os treinamentos com um acompanhamento profissional para evitar desgastes excessivos. “Toda a atividade esportiva gera algum tipo de stress, físico ou mental, que senão cuidado pode gerar lesões”, alerta o fisioterapeuta Wagner Haun. “O autotratamento para amenizar uma dor ou alguma inflamação pode esconder algo mais grave que deveria ser corrigido, e não escondido.”
Os atletas mais experientes e profissionais têm mais atenção às questões de saúde e geralmente mantém um acompanhamento constante de seus corpos. Já os iniciantes têm que ter cuidados que começam desde o jeito correto para correr. “Há um movimento mecânico adequado para a corrida que deve ser adaptado a cada um para não salientar lesões”, explica Haun. “Claro que um tênis de qualidade é muito importante, mas é preciso correr adequadamente para não ter problemas.”
Solidariedade
A Eco Floripa Eventos Esportivos irá doar parte do valor da inscrição de cada atleta para a Sociedade Espírita de Recuperação, Trabalho e Educação - Serte, localizada no bairro Cachoeira do Bom Jesus, em Florianópolis. Atualmente, a Serte atende a 63 velhinhos no Lar Irmão Erasto e a 25 crianças no Lar Seara da Esperança. Tem ainda um educandário, o Lar de Jesus, para 120 alunos da comunidade.
Mais informações: www.ecofloripa.com.br/voltailha/
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