A etapa representou também o fechamento do circuito e a briga pela vitória estava entre as equipes Rapa Nui e Hippie, ambas empatadas com 18 pontos. Quem se deu melhor foi a Rapa Nui que apesar de não completar a corrida na categoria expedição somou mais pontos nas 4 etapas.
A corrida aconteceu na região da cidade de Três Rios, localizada na divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e onde acontece o encontro dos rios Paraibuna, Paraíba do Sul e Piabanha. As modalidades utilizadas foram a orientação, trekking, mountain bike, bike’n run, ride’n run, técnicas verticais, canoagem em embarcações locais, rafting, natação e travessia de rios.
As equipes eram formadas por 3 integrantes sem equipe de apoio. Paralelamente à corrida longa de 150km foi realizada uma corrida curta de 60km para os atletas iniciantes.
A corrida praticamente passou por duas noite já que o briefing terminou no início da madrugada de sexta feira e alguns atletas tiveram que arrumar seus equipamentos. Não foram poucos os participantes que dormiram somente 2 horas antes da largada.
As equipes se concentraram na praça São Sebastião na manhã de sábado. De lá os participantes foram levados levados de ônibus até o município de Levy Gasparian para a largada. A primeira modalidade foi o rafting, sendo que cada bote desceu o rio com duas equipes.
Dada a largada os competidores pularam na água para alcançar os botes, parados em algumas pedras no meio do rio, e procurar pelos seus companheiros para o início da descida. Apostando eu uma tática diferente as equipes Oskalunga Brasil Telecom e Ecosystem optaram por deixar as integrantes femininas na margem com as mochilas e nadaram rapidamente até o bote. Depois voltaram até a margem para buscá-las com os equipamento secos.
Foram 20km de descida pelo rio Paraibuna, uma das melhores descidas de rafting do Brasil. A etapa de águas brancas terminou no Hotel Fazenda Pontal onde as bicicletas, deixadas na noite anterior, os aguardavam para o primeiro trecho de mountain bike. Antes de seguir pelas estradas da região, cada participante teve que plantar uma muda de árvore nativa. Para garantir que o plantio fosse feito da maneira correta as equipes tiveram que ficar no mínimo 5 minutos no local.
Plantio feito, hora de passar para o outro lado do Rio Paraibuna e começar o pedal. Sem pontes por perto a travessia teve que ser feita em um local escolhido pela organização. As equipes tiveram à disposição uma bóia para colocar as bicicletass e atravessar o rio. As equipes tomaram o máximo de cuidado para não molhar os equipamentos e partes da bicleta que pudesse comprometer a etapa pela frente. A liderança da corrida estava com a Oskalunga Brasil Telecom, seguida pelos paranaenses da Ecosystem.
No posto de controle seguinte foi montada uma base por onde os atletas passariam várias vezes. O local representou os PC´s 2, 4’ e 7. Nessa base a equipe deixava duas bicicletas e seguia de bike’n run até o PC3. Com um pneu furado durante essa primeira perna de mountain bike a Ecosystem perdeu a segunda posição para a Rapa Nui.
A partir do PC3 os integrantes das equipes procuravam por objetivos diferentes: os atletas a pé seguiam até o rapel no PC4 enquanto o atleta de bicicleta fazia um caminho diferente até o PC4’, deixava sua bicicleta e seguia sozinho até o PC5 para se reunir novamente com o restante da equipe.
Esse foi o primeiro trecho em que a navegação foi essencial e onde muitas equipes perderam muito tempo para encontrar o caminho correto. Devido a uma queimada que descaracterizou a trilha que levava ao PC6 e que dificultou ainda mais a navegação, a organização optou por mudar o posto de controle de lugar e evitar maiores problemas com equipes perdidas durante a noite.
Ao final da tarde, enquanto as equipes do segundo pelotão estavam perdidas no trecho de trekking, a Oskalunga se preparava para fazer outra travessia do rio Paraibuna no PC8. Dessa vez a distância era maior e a correnteza do rio exigia que os atletas nadassem muito forte e a existência de uma pedra no meio do rio possibilitou que a travessia fosse feita em duas etapas.
Um dos atletas tinha que atravessar o rio levando uma ponta da corda. A outra ponta era amarrada na bóia, onde as bicicletas e mochilas foram presas para não molhar. Ao chegar do outro lado o atleta puxava os equipamentos para terra firme. Para garantir a segurança dois integrantes da organização utilizando ducks estavam na água para evitar que os atletas seguissem rio abaixo caso houvesse algum problema.
A única equipe a fazer a travessia com luz do dia foi a Oskalunga, já no final da tarde de sábado. Apesar da segurança disponibilizada pela organização, a experiência de atravessar o rio na escuridão da noite foi assustadora para muitos atletas.
Ainda de mountain bike as equipes se dirigiram para a cidade de Chiador, já no estado de Minas Gerais. Na praça central da cidade as equipe tiveram acesso pela primeira vez às suas caixas de suprimentos. Foi hora de trocar de roupa e comer alguma coisa diferente.
De Chiador as equipes seguiram de trekking até o PC10. No trajeto entre os PC’s 10 e 11 as equipes teriam que fazer um canyoning mas durante a madrugada a organização deu a opção das equipes seguirem por uma estrada paralela ao rio. A equipe Rapa Nui, já esgotada com o esforço físico, foi encontrada dormindo no meio da estrada durante a madrugada.
No PC12 as equipes pegavam as embarcações locais e remavam 6 km rio acima. No meio do caminho as equipes tiveram que fazer uma portage. O trabalho em equipe foi fundamental para conseguir transpor o bote pesado pelas pedras.
A equipe Camelos Adventure observou que a correnteza não era muito forte e um dos atletas surgiu nadando e puxando a canoa rio acima, enquanto seus companheiros seguiam pela estrada paralela.
Depois dos 6km de rio as equipes chegaram caminhando no PC14 para pegar 2 cavalos e seguir de ride’n run de volta ao município de Chiador, onde pegavam novamente as bicicletas e se dirigiam para a chegada em Três Rios.
A prova foi bem difícil, onde os participantes tinham que ter um bom preparo físico e estar com a navegação em dia para completar todo o percurso da categoria principal. A divisão das equipes exigiu também que as equipes tivessem dois navegadores ou que a equipe montasse uma planilha para o atleta seguir sozinho pelo trecho entre os PC3 e 5. Nos pontos críticos do percurso, equipes de segurança estavam preparados para qualquer emergência.
Para quem procura uma prova exigente como treino para eventos maiores, a carioca adventure surge como nova opção.
Mais informações: www.cariocadventure.com.br
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