Desde o início pudemos perceber que não seria fácil, afinal quando a esmola é demais o santo desconfia. Em vez de iniciarmos a prova com canoas canadenses e natação para atravessar o canal de Cananéia/Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo, a organização criou uma nova modalidade, o “balsa-cross”.
Chegando ao outro lado foi dada a largada oficial e vimos um acontecimento
inédito em corridas de aventura, onde a maioria das equipes fez o trajeto
de 15 km correndo em um ritmo forte e alucinado; muita gente chegou embolada
no PC 1.
Iniciamos então o que seria uma das partes mais duras da prova – o
mangue. O lugar era irritante e neste momento descobrimos que a cada espetada
odiávamos mais as bromélias, sorte nossa estarmos com roupas
e equipamentos apropriados para a etapa, porém nem isto nos salvou
das abelhas, pois tivemos orelhas, bochechas e pescoço picados. Como é característica
do Chauás, a orientação não era das mais fáceis
e acabamos pegando a famosa trilha da casinha que nos fez perder algumas
horas e ganhar mais espetadas das simpáticas bromélias.
Algumas horas depois começamos a remada de 22 km. O mar estava muito agitado e a chuva não dava trégua, porém a equipe estava bem preparada e conseguimos superar esta etapa e ainda curtir o lindo visual. Ao nos aproximarmos do PC, caiu a noite e pudemos nos divertir com a bioluminescência, provocada pelo agito dos remos na água.
O frio nos torturava, quando passamos para a etapa de MTB e pedalamos o mais rápido possível até o PC 5, onde estava nossa caixa de alimentos e roupas adicionais para frio. Comemos muito e partimos em rumo ao PC 6 e 7, onde vimos muitas equipes com problemas nas bicicletas, sofrendo com o excesso de barro e a falta de freios. Acreditamos que este foi o pior trecho da prova. Felizmente, nossas bicicletas estavam muito bem ajustadas e se comportaram maravilhosamente bem.
Já no PC 7 a cena era realmente engraçada. Parecia um encontro de equipes, devido ao grande número delas paradas no PC para se recuperarem, algumas vindo do PC 6 e outras desistindo do PC 8. Neste ponto, nos encontrávamos muito desgastados dada a dificuldade da prova até então e em uma rápida reunião optamos por ir ao PC 8 dando a volta pelas estradas de terra, o caminho era mais longo, porém o conhecíamos.
Fomos cortados no PC 8 e seguimos para o PC10, daí tivemos uma nova surpresa preparada pelo Fagyver e pelo Lucas – o retorno para Cananéia deveria ser feito pela ponte, o que significava 36 km a mais do que já havíamos pedalado. Não foi fácil, mas enfim chegamos ao final do Chauás Cananéia em 6º lugar da Expedição.
Parabéns à equipe, à Biketech, à Solo, à Pé na Trilha e à 4any1 por mais este resultado!
Equipe 4Extreme
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