Uma prova que tudo deu errado, mas numa corrida de aventura, pode dar certo no final

Por Renata Mariani - 22 Nov 2013 - 08h48

Há alguns meses começamos a formar uma equipe para correr o Haka Expedition. Daniel Franquin, nosso capitão e navegador principal, Leo Guerra, Igor Petric, que também são navegadores e eu, Renata Mariani. Formamos a equipe AKSA. Conversavamos e trocavamos idéias para deixar tudo organizado para o dia da corrida.

Ah, não posso esquecer dos nossos apoios maravilhosos que participaram de toda essa organização, Andrea Pasquini e Felipe Fuentes, também corredores de aventura e a Cynthia Verzellesi. Agora sim a equipe está completa.

A semana da corrida chegou, a empolgação era grande, a energia positiva da galera maior ainda. Então era só esperar a hora da largada em Taiaçupeba, Mogi das Cruzes, SP.

A largada foi de trekking, optamos por largar num ritmo confortável porque a temperatura estava muito alta. Após 3,5 km encontramos a represa onde seriam os primeiros 4 km de canoagem.

A equipe unida se ajudando, chegamos para pegar as bikes 5 min depois da primeira equipe, a Brou Aventuras, fizemos uma transição muito rápida e talvez um pouco afobados, eu e Leo nos enroscamos com as bikes e caímos, alguns raspões, nada grave. A bike do Leo furou o pneu, mas o real problema foi quando vimos que o câmbio da minha bike estava quebrado. Achamos que teríamos que desistir, mas conseguimos fazer uma "gambiarra" que nos levou 40 min. Agora era hora de fazer força e correr atrás do prejuízo, pois já estávamos em últimos na classificação geral. Conseguimos recuperar um bom tempo mesmo com a bike com defeito.

Chegamos no apoio e avisamos que a minha bike estava quebrada e partimos para o trekking 30 minutos atrás da Brou. Estava muito calor, o sol fervia e perdíamos muito liquido, mas fomos buscando as colocações e sabíamos que o apoio daria um jeito na bike para continuarmos a prova.... Várias acertadas na navegação, a melhor delas foi a decisão do Dani no final deste trekking chegarmos pela represa e dar uma refrescada, ao invés de irmos pela cidade, o que já nos colocou em primeiro na categoria.

Apenas dois atletas fariam o rapel e assim foram o Dani e o Igor. Enquanto isso veio a notícia que a Andreia, do apoio, havia conseguido uma bike emprestada da namorada de um atleta, a Flavia ... a bike era pequena para mim, mas faria bem o papel.

Saímos empolgados como sempre e levando a energia dos nossos apoios junto com a gente. A navegação foi perfeita nesse trecho de bike onde praticamente não colocamos o pé no chão e depois seguimos para um trekking curto até a segunda pernada de canoagem. Para a gente foi um trekking sem problemas, mas muitas equipes se perderam e chegamos no PC em primeiro lugar geral.

A alegria era grande e os navegadores se concentraram no mapa porque é muito dificll navegar à noite em uma represa cheia de ilhas e braços. Para piorar fomos avisados logo na saída que o staff ainda não tinha colocado os PPOs (Ponto de Passagem Obrigatório) e para nossa segurança a organização nos deu um rádio e pediu que avisássemos a cada passagem. Para terem um noção da dificuldade, ficamos perdidos na represa por mais de 1 hora. Enfim, nos achamos e quando pensávamos que estávamos fora da prova, nos vimos no pelotão da frente novamente. Pegamos o PC Virtual e remamos em direção a área de transição, mas no final havia mais uma surpresa. Tinha uma portagem inesperada onde as primeiras equipes tiveram dificuldade de achar e nós achamos sem problemas. Com isso saímos da água em primeiro e voltamos a liderar novamente. Mais um trekking onde corremos o tempo todo até encontrar com nosso apoio.

Saímos então, quase amanhecendo para mais um trecho de bike, onde minha corrente arrebentou e perdemos mais um bom tempo para arrumá-la. Mas não podíamos perder a força e a deteminação, os navegadores estavam em sintonia e a equipe toda na mesma energia positiva. Penso que em corrida de aventura, quanto pior melhor, mas com certeza se não fossem esses problemas com a bike e os PPOs, que não estavam na represa, estaríamos bem melhores.

Encontramos nosso apoio para fazer mais uma transição e remarmos a última pernada de canoagem. A represa era realmente muito linda, ficamos admirando até chegarmos para a ultima transição da corrida e última parte de bike. Pedalávamos um pouco tranquilos porque a corrente da bike que eu estava arrebentaria a qualquer momento novamente e mesmo assim ela quebrou mais 2 vezes, quando vimos a equipe Brou Aventuras na nossa cola.

Não acreditamos, voltamos a pedalar feito uns loucos, mas depois ficamos sabendo que eles tinham pegado um corte. Foi muito engraçado.

Enfim a chegada na cidade de baixo de uma chuvarada, para refrescar a corrida quente e cheia de obstáculos. Vencemos todos eles e chegamos muito felizes e emocionados em primeiro lugar na Categoria Quarteto misto e terceiro no geral... E viva a equipe AKSA, galera! Com certeza o nosso trabalho em equipe, um cuidando do outro e o nosso apoio excepcional venceram essa prova!!! Parabéns a outros participantes da corrida e a organização da Haka Expedition que mantém nosso esporte aceso!!!

Renata Mariani
Gaúcha que correu o Haka Expedition com os paulistas da equipe AKSA

Serviço
Haka Expedition 2013 - 2ª etapa - Mogi das Cruzes
15.11.2013
Mogi das Cruzes (SP)
www.hakarace.com
Renata Mariani
Por Renata Mariani
22 Nov 2013 - 08h48 | sudeste |
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