Na noite dessa segunda feira (17/11) aconteceu o ciclo de palestras voltadas para os esportes de aventura, mais especificamente para as corridas de aventura, com o intuito de orientar os participantes do esporte. Os temas das palestras foram: o sono nas corridas de aventura, com o Dr. Flávio Aloe; Biomecânica do pé do atleta, com o Dr. Túlio Diniz Fernandez; e o Pé nos esportes de aventura, com o Dr. Clemar Corrêa, que também coordenou todo o evento.
Com a utilização de gráficos e estudos sobre o sono, o Dr. Flávio Aloe passou informações importantes sobre os efeitos da privação do sono no organismo. De acordo com os estudos, a sensação de sonolência começa a partir de 30 horas de vigília. Mesmo sabendo que os corredores de aventura nem pensam em parar nesses primeiros dias de corrida, o Dr. Aloe comentou que um cochilo dentro desse tempo seria importante para descansar o corpo e a mente, prevenindo um cansaço maior nas horas seguintes.
Outro informação interessante foi que, para um melhor aproveitamento do sono, os atletas devem evitar dormir nos chamados "horários proibidos", que são entre 09:00 e 11:00h e entre 19:00 e 22:00h. Isso porque esses são os horários em que o estado de alerta está no máximo e o descanso será menor do que o esperado. Caso a equipe opte por cochilar, o tempo ideal é entre 20 e 30 minutos para evitar que se caia em sono profundo e os horários ideais são fora dos "horários proibidos" e "depois de almoço."
As ilustrações e fotos exibidas pelo Dr. Túlio Fernandes mostraram as consequências do uso de calçados com tamanhos errados e os diferentes tipos de pisada e o que pode ser feito para evitar lesões. Muitas vezes o erro começa na compra errada do calçado por desinformação do vendedor e do comprador, que não sabem que existem modelos diferentes de tênis para cada tipo de pé, como os de formato mais reto ou mais curvo para os pés cavos ou planos e com bicos mais quadrados ou mais finos para os pés mais largos ou mais estreitos.
Dr. Túlio explicou também que deve ser observado como o atleta corre. Cada pé recebe uma carga de 1.3 vezes o peso do corpo durante uma corrida. Consequentemente uma pessoa acostumada a correr utilizando como base somente a parte posterior do pé tem maiores chances de ter problemas. Por isso é importante que cada um observe como está correndo e se necessário mude a pisada, aproveitando todo o pé, para evitar problemas futuros.
Para fechar o ciclo de palestras, o Dr. Clêmar falou sobre os cuidados com os pés em uma corrida de aventura. Se não forem bem cuidados durante a prova, os pés podem tirar um atleta da corrida. Uma das dicas é utilizar vaselina ou hipoglós para lubrificar os pés e evitar o atrito com os tênis ou botas de caminhada, o principal causador de bolhas nos pés.
Caso a bolha já tenha aparecido será necessário fazer uma limpeza no local e fazer um curativo para que evite novo atrito e o aparecimento de outra bolha no mesmo local. Clemar recomendou também a utilização de um produto chamado Second Skin para proteger os pés do contato com o calçado. Comentou também que vale a pena perder um tempo secando os pés para evitar maiores problemas mais para frente, inclusive a desistência da corrida.
Copyright©2000-
Adventuremag - Informativo sobre corrida de aventura - Política de privacidade
Proibida a reprodução, modificação e distribuição, total ou parcial de qualquer conteúdo deste website