Cento e sessenta quilômetros de muita dificuldade. Essa foi a primeira edição do Bali Hai Adventure, realizada nos dias 10 e 11 de janeiro entre as cidades de Piçarras e Porto Belo, bases das casas noturnas Bali Hai, no litoral norte de Santa Catarina.
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Pouco antes da largada foi passada as coordenadas até o PC5. As equipes partiram às duas horas da manhã na modalidade de trekking, seguiram até o PC2 virtual pela praia de Piçarras e voltaram para a Bali Hai, local do PC2. Aqui o capitão da equipe entrava na casa noturna e encontrava a coordenada do PC6/AT1, dentro do Peugeot promocional exposto no local. De volta para a praia a equipe se juntava novamente e partia para o restante dos primeiros 26,5 quilômetros da corrida.
Logo nesse primeiro trekking as equipes acabaram se perdendo e demorando mais que o tempo previsto. A primeira equipe a chegar no PC6/AT1 foi a Narrobada 2 (SC) às 08:00h da manhã. Devido à dificuldade de navegação a equipe perdeu aproximadamente 1:30h para percorrer a distância de 2,5 quilômetros entre os PC's 5 e 6.
Meia hora depois foi a vez da Esquadrão Cobra (PR) aparecer no alto do morro. Aos poucos foram chegando a Mão de Pedra (RJ), Matero/Chauás/Ford (SP), Azimute (SP) e Ximango Sagaz (RS).
Com a novas coordenadas na mão as equipes partiram para os 31 quilômetros de canoagem pelo canal Luis Alves até desembocar no Rio Itajaí-Açú. As primeiras equipes levaram aproximadamente 4 horas para terminar o percurso. Para piorar a situação das equipes do segundo pelotão, além do cansaço, do sono e do sol forte, eles tiveram que enfrentar a maré e o vento contra do início da tarde.
Em uma pequena praça em Itajaí foi montada a transição das canoas para as bicicletas. A sombra das árvores servia de refresco na longa espera pelas primeiras equipes. Moradores locais observavam toda a movimentação dos jornalistas e do pessoal da organização enquanto as crianças tentavam se aproximar fazendo perguntas.
Mantendo a liderança e ganhando mais algumas horas de vantagem chegou a equipe Narrobada 2 (SC). Sem pressa, a equipe fez uma transição lenta, se alimentando, se hidratando enquanto o navegador pegava as coordenadas até a próxima área de transição. A etapa seguinte foi um trecho urbano de 25 quilômetros misturando mountain bike, trekking e costeira. Todas as equipes mantiveram suas posições e a classificação continuava a mesma.
A dificuldade nesse trecho não foi a orientação mas sim a grande quantidade de pessoas nas praias do Balneário Camboriú. Além de precisarem desviar de carros, banhistas e guarda-sóis, os competidores, com capacetes, mochilas e equipamentos, tiveram que enfrentar as brincadeiras dos freqüentadores das praias.
De volta às bicicletas o próximo destino era o rapel e a prova especial na Serra dos Macacos. No local os integrantes tiveram que saltar de uma altura aproximada de 10 metros em um poço d'água e depois fazer o rapel em uma cachoeira, com direito a muita água na cabeça durante a descida.
A segunda equipe a chegar no PC16/AT4 foi a Chauás/Matero/Ford (SP), mais de 2 horas depois e ganhando algumas posições. Com o início da segunda noite o cansaço e a escuridão diminuiu o ritmo dos competidores. A partir desse ponto a corrida começou a atrasar em relação ao previsto pela organização. Enquanto isso as primeiras desistências começaram a acontecer, como as equipes Harpya Nova (RS) e Azimute (SP), que seguiram pedalando de Camboriú até Porto Belo.
Depois do rapel a equipe deveria fazer um loop e voltar para as bicicletas, totalizando 15km de caminhada. A corrida se completava com 42km de mountain bike até o Bali Hai de Porto Belo, onde deixavam as bicicletas na entrada, faziam um curto trekking até o alto de uma pedreira e desciam de rapel dentro da casa noturna.
O dia já estava claro quando a equipe Narrobada 2 (SC) terminou a corrida, às 06:40h da manhã de domingo, completando a maior parte do percurso. Junto com ela chegou a Papa Terra (RS) e quinze minutos antes a Ximango Sagaz (RS), ambas fazendo um percurso menor.
A corrida foi bastante longa e exigente fisicamente e o percurso teve um nível bastante elevado, combinando logo no início uma navegação noturna difícil e um longo trecho de canoagem. Equipes mais lentas levaram até 7 horas para completar o trecho de rio e no início da noite de sábado não tinham chegado na metade da corrida. A falta de experiência de algumas equipes em corridas mais longas também fez diferença, mas mesmo para uma equipe intermediária o percurso estava bastante extenso. Para fazer a corrida inteira a equipe deveria ser muito bem preparada fisicamente e cometer poucos erros de navegação.
A classificação dos quartetos divulgada até o momento ficou da seguinte maneira:
1 – Narrobada 2 (SC)
2 – Chauas/Matero/Ford (SP)
3 – Esquadrão Cobra (PR)
4 – Papa Terra (RS)
5 – Paranaventura/Financeira Renault (PR)
6 – Ximango Sagaz (RS)
A Mão de Pedra (RJ) ficou em segundo lugar na classificação geral mas por ser uma dupla não ficou com o prêmio.
Mais informações: www.sulbrasilis.com.br
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