O circuito Expedição Chauás 03/04 foi finalizado neste final de semana com uma corrida de 48 horas na região de Iguape, litoral sul do estado de São Paulo. A corrida teve a participação de 28 equipes vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Santa Catarina. O dia estava muito quente e o sol forte exigiu bastante dos competidores. Apesar do bom tempo as chuvas que caíram nos dias anteriores na região obrigou a organizar fazer alterações no percurso durante a corrida.
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A largada aconteceu às 14 horas de sexta feira na praça central da cidade no estilo Le Mans. Depois de aproximadamente 100 metros as equipes pegaram suas bicicletas e partiram para o primeiro trecho da corrida. As equipes Oskalunga Brasil Telecom, Xavantes e Trotamundo foram as primeiras a chegar na área de transição e pegar as canoas infláveis.
Terminada a etapa de canoagem as equipes saíram para um trekking onde em alguns trechos foram obrigados a entrar no rio e nadar para encontrar novamente a trilha. As equipes passaram pelo PC4 durante a noite de sexta feira e a liderança estava com a equipe carioca Xavantes. A caminho do PC5 as equipes entraram em uma região alagada e não conseguiram encontrar o caminho certo. A água chegava na altura do peito e não permitia a progressão dos competidores e por isso as equipes decidiram voltar para o posto de controle anterior. Lucas Gerônimo, diretor da prova, voltou com alguns competidores ao local e constatou o alagamento da região, que estava normal no dia anterior, e depois de uma votação entre os capitães foi decidido que as equipes fariam uma caminhada de 12km até o local onde foi deixada as bicicletas e seria feita uma relargada. A diferença de tempo seria descontado no final da prova. As equipes tiveram acesso à suas caixas e puderam se alimentar e trocar de roupa até que todos chegassem e se preparassem para a nova largada.
Durante a parada muitos atletas, já desanimados, não fizeram a segunda largada. Entre as equipes que seguiram incompletas estava a Oskalunga Brasil Telecom, uma das favoritas a vencer o circuito. Com a mudança as equipes tinham pela frente aproximadamente 85km de mountain bike até o município de Pedro de Toledo, sendo 35km de asfalto e o restante por estradas de terra.
A primeira equipe a chegar em Pedro de Toledo foi a Paranaventura/Financeira Renault, seguida da Narrobada, Endorfina, Ecosystem e Selva. Na área de transição as equipes tiveram acesso às caixas com roupas, alimentos e equipamentos pela última vez até o final da corrida. Durante o trekking as equipes enfrentaram muita dificuldade para conseguir passar do PC9 virtual para o PC10, início do trecho de canyoning. A trilha aberta no meio do bananal ficou coberta com folhas e bambus, tornando o trekking um trecho de rasga mato. Com a dificuldade em achar a trilha, muitas equipes voltaram para o PC8 e muitas acabaram desistindo.
A primeira equipe a chegar no início do canyoning foi a Endorfina, mas a equipe chegou até o PC9 virtual e depois voltou para estrada, o que era proibido de acordo com o Race Book. Logo depois chegou a Paranaventura/Financeira Renault, a única a conseguir passar pelo meio do bananal, perdendo 6 horas para fazer a travessia. Uma hora depois foi a vez das equipes Narrobada e Ecosystem chegarem juntas ao PC10.
Terminado o canyoning as equipes continuavam o trekking, pegavam os remos no PC11 e seguiam até o PC12, início da segunda etapa de canoagem. A etapa de canoagem também foi bastante difícil devido ao mato alto. Alguns atletas descreveram como sendo a primeira vez que fizeram um "rasga mato" de duck. Em alguns trechos era impossível remar e o remo servia de apoio para empurrar a embarcação para frente.
Depois de sofrer nos ducks as equipes faziam um trekking de 4 km e partiam para o mountain bike final de 15km até o centro de Iguape. A vitória ficou com a equipe Paranaventura/Financeira Renault (PR) que teve problemas com o pneu de uma bicicleta e encontrou uma solução criativa: colocou uma nota de R$ 10,00 dentro do pneu e seguiu até a chegada. Em segundo lugar ficou a Endorfina (SP), seguida pela Narrobada (SC). Com o primeiro lugar nesta última etapa, a Paranaventura/Financeira Renault foi também a campeã do circuito 2003/04. O segundo lugar ficou com a Endorfina e o terceiro com a Mitsubishi Salomon Quasar Lontra.
Novamente a Expedição Chauás foi bastante difícil, exigindo muito fisicamente dos atletas. Quando não era o sol forte, era a navegação dificil ou os longos trechos do percurso que desgastavam os participantes. De acordo com Lucas Gerônimo, diretor da corrida, essa é uma característica da Expedição Chauás e as equipes devem estar preparadas para enfrentar esses desafios em uma corrida de 48 horas.
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