Equipe Espírito Livre / Adventuremag fica em segundo lugar no Chauás Fast
Com céu aberto e temperatura agradável. Assim largamos pontualmente as 10 da manhã para a última etapa do Circuito Chauás Fast, realizada em Santo Antonio do Pinhal, nas proximidades de Campos do Jordão e do Parque Estadual da Pedra do Baú.
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Dando continuidade à parceria iniciada no Raid Terra, inscrevemos a equipe repórter Espírito Livre – Adventuremag (Jorge Elage e João Bellini) com a finalidade de fotografar e cobrir a etapa, analisando sob o ponto de vista dos competidores.
Largamos em bike’n’run por 700 metros e, ainda na cidade (PC1), pegamos a segunda bicicleta. Uma grande pirambeira logo no início da corrida começou a pôr em prova as estratégias das equipes. Neste trecho muitos praticaram a modalidade extra: push bike!
Subimos ainda outro grande desnível, dessa vez pelo asfalto, curtindo o belo visual montanhoso do lugar.
Chegamos em segundo no AT2, a poucos minutos dos líderes, os locais da Pés Sujos. A maior dificuldade deste trecho foi um “subidão”, desnível de aproximadamente 350 metros, em linha reta, interminável!! Pode-se dizer que este foi mais um ponto onde testou-se a resistência dos competidores. O Johnny reclamou de câimbras, e percebemos que a prova estava mais difícil que pensávamos.
O trekking fazia uma alça, descendo a piramba, e voltava ao AT 2/3. Chegamos a assumir a ponta, chegamos juntos ao PC7 e saímos apressados, cruzando com diversas equipes que chegavam para iniciar o trekking. Os trechos de downhill foram de extrema qualidade, mas por vezes tínhamos que subir pelo mesmo caminho, provendo a etapa com outros bons trechos de push bike. Penamos um pouco, as câimbras do Johnny aumentaram, mas o ritmo permaneceu bom. Depois de outra boa subida, chegamos no PC 8, 4 minutos atrás dos caras. Estávamos no ponto de maior altitude da prova. Era hora de descer!
De forma geral, a navegação não estava muito complicada, mas a prova foi montada de forma a oferecer variabilidade no percurso. Era preciso manter um bom nível de concentração para não cometer erros bobos.
Descemos a milhão, buscando a liderança, e acabamos perdendo uma entrada. Paramos para navegar e encontramos os Pés Sujos, na mesma roubada. Não tinha outra saída que não descer a sul até cruzar uma estradinha. Cruzamos uma horta com as bikes nas costas, e fizemos juntos um downhill insano que valeu o dia!
Na estradinha eles abriram. Eu tinha trocado a corrente recentemente e o conjunto - coroa, corrente e cassete – começou a falhar. A corrente caiu 3 vezes e novamente eles abriram 5 minutos.
Sabíamos da força deles no pedal e esperávamos tirar a diferença no remo. Corremos até a entrada do rio e aos poucos nos decepcionamos. A linha d’água no Ribeirão do Lajeado era mínima, com muito mato e muitos trechos encalháveis. A cada minuto que nos esforçávamos tentando tirar a diferença, mais ficamos bravos com nosso rendimento. Simplesmente não dava para progredir em ritmo forte, a ponto de tirar a diferença. Deu tempo até de lembrar das antigas provas do EMA e associar as características as quais o organizador objetiva testar os competidores. Pensei também nos iniciantes que ainda estavam por chegar e dessa vez tive a certeza de que o teste (para os que faziam a primeira prova) estava sendo bem feito.
A vontade de chegar nos embalava e não paramos até a saída do rio. A diferença havia aumentado para 10 minutos. Corremos para pegar as bikes e o tempo continuou igual. Restava ainda o último trecho de pedal...
Quando saímos para a canoagem, deixei a câmera com a responsável pelo AT. Quando voltamos para pegá-la, soubemos que o Lucas, diretor da prova, tinha levado ela para a chegada, para fotografar os vencedores. Tranqüilo! Com 10 minutos e uma bike meio requenquela, queríamos apenas garantir o 2º lugar. Aproveitei para deixar o recado com o Fran - “Aproveita que já levaram a máquina para poder fotografar os trechos que a gente não pode ir!”
E ele próprio se encarregou do serviço, fazendo as fotos da etapa de canoagem. Bacana.
Push bike até o topo do morro, downhill até a chegada. Em exatas 5h30min terminamos a prova, contentes com o resultado, pela boa matéria que estava por vir, mas sobretudo pela qualidade dos trechos que passamos.
Técnica. Se houvesse uma palavra para definir a prova, esta seria ela. Fisicamente dura, testou bem as capacidades dos atletas. Variou trechos onde habilidade e experiência faziam a diferença, com pernadas mais fáceis, onde o visual, o céu e sol evidenciavam os motivos que nos levam a praticar esportes ao ar livre.
Não posso deixar de destacar a boa prova realizada pela equipe Na Trilha, que ficou com a terceira colocação na categoria dupla masculina, e também a grande vitória da equipe mista Rio Off Road, que lidera o circuito com 3 vitórias.
Fomos (3 primeiras duplas mistas e masculinas) premiados com troféus indígenas e com um sorteio de chocolates caseiros (cedidos pelos vencedores Pés Sujos) e de um relógio Suunto (que ficou pra equipe Los Locos).
Antes de concluir esta matéria, falei com Alessando Matero, um dos organizadores da prova, que relatou não ter havido ocorrências médicas, mencionou que apenas 3 equipes não terminaram a prova e que tudo aconteceu da forma com tinha que ser. Redondo! Parabéns aos organizadores!
Equipe Espírito Livre Adventuremag têm apoio das marcas: ZKL rolamentos, ...o tao do pedal... , Mochilas Deuter, Tênis Salomon, Solo Outterwear, Biomecânica Funcional (fisioterapia preventiva), Ginásio Noventa graus de escalada esportiva. Agradecemos ainda a colaboração da Chilli Beans, que fornceceu os óculos para esta etapa.
Mais informações sobre a equipe: www.adventuremag.com.br/equipe
04 Mai 2004 - 00h11 | sudeste |
