No próximo dia 01 de agosto acontecerá a largada da segunda edição do AR World Championship, em Western Newfoundland, no Canadá. A primeira edição do evento aconteceu em setembro de 2001, em St. Moritz, na Suíça e a equipe vencedora foi a Nokia Adventure, da Finlândia. A equipe vem conquistando bons resultados e está determinada a manter o título de campeã do mundo contra o forte grupo de equipes norte americanas que inclui a Nike ACG/Balance Bar, GoLite/Timberland e Montrail.
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A seleção das equipes participantes da corrida segue a seguinte ordem de critérios:
A disputa vai ser realizada numa das regiões mais selvagens do Canadá e o evento tem como lema “Selva Real, Navegação Real, Aventura Real” (Real Wilderness. Real Navigation. Real Adventure) e promete ser uma avaliação dos limites dos melhores times. “As informações recebidas pelos competidores deixa evidente que essa será uma competição de alto nível, que representará o verdadeiro espírito das corridas de aventura, onde a navegação e o poder de decisão da equipe são indispensáveis para se cruzar a linha de chegada”, destaca o capitão da equipe brasileira, Rafael Campos. “Os organizadores não querem que o fator sorte influencie no resultado final, exigindo ao máximo do preparo psicológico e físico dos atletas”, acrescenta Luis Antonio, um dos melhores navegadores do Brasil.
Os atletas vão percorrer 500 quilômetros ininterruptos, enfrentando várias dificuldades, nas modalidades trekking, orientação, mountain bike, técnicas verticais e remo em caiaques oceânicos e embarcações locais, os “Dorys”. Eles terão pela frente florestas sem trilhas demarcadas; trajetos de bike com constantes aclives e declives, trilhas abandonas e muitas pedras; rapel e ascensão com mais de 100 metros de altura; e remadas, que prometem ser duras e longas, em águas gélidas, passando próximos de icebergs, baleias, leões marinhos.
“Vamos ter de estar preparados para tudo. Há o perigo das baleias atropelarem os caiaques e o frio vai ser intenso, inclusive com icebergs. A temperatura média da água durante o dia é de 12 graus e à noite pode cair a 5 graus. Por isso vai ser obrigatório o uso de neoprene com, no mínimo, 4 milímetros de espessura. São regiões inóspitas, nos preparamos muito bem e a navegação vai ser fundamental para concluirmos a prova”, comenta Marina.
O local da prova é uma ilha a nordeste do Continente. É o ponto mais próximo do Continente Europeu e, segundo a história, foi por lá que chegaram as primeiras embarcações vikings. Passarão por paisagens exuberantes, regiões inóspitas, com penhascos na costa, que podem atingir até 300 metros. “A equipe vem se preparando desde o início do ano para enfrentar tudo. E com muita determinação, garra, representaremos o Brasil com imenso orgulho. Vamos para fazer o melhor possível”, destaca Fabrízio.
Toda a prova poderá ser acompanhada on line via internet pelo site www.raidthenorth.com. As equipes vão portar um GPS lacrado, que transmitirá à organização a localização exata, em tempo real.
- Como foram os preparativos e os treinos para essa corrida?
Desde do inicio do ano que estamos nos preparando. Basicamente, treinamos cerca de 2 horas diárias, e procuramos realizar alguns treinos longos em modalidades específicas. As competições que participamos no Brasil até agora também serviram como um treino.
- Qual será a formação da equipe?
A equipe irá comigo (Rafael), a Marina, o Fabrizio e o Luiz Antonio. É uma formação muito boa, experiente, forte e inteligente.
- Vocês acham que será tão difícil como o Eco-Challenge, em relação ao nivel de equipes participantes? E em relação ao terreno?
Quanto ao nível das equipes, acredito que será mais difícil. A grande maioria das equipes presentes são de respeito, que já possuem muita experiência e títulos em provas importantes pelo mundo. Todas buscam o título de Campeã Mundial de corrida de aventura em 2004. Quanto ao terreno, acredito que será tão difícil quanto, uma vez que o local é uma ilha pouco habitada, e que a organização vem reforçando que a prova será bastante selvagem.
- Qual será a maior dificuldade dessa corrida na opinião de vocês? Alguma modalidade que será mais exigida?
A maior preocupação é com relação ao frio. Apesar de ser verão lá, a temperatura média durante o dia é de 16ºC. A temperatura da água varia de 12ºC a 5ºC. É muito frio para nós! E sem equipe de apoio, a logística de alimentação e roupa torna-se mais delicada. Uma novidade será a embarcação local que teremos de usar, a “dory”: trata-se de um barco de pesca, com um par de remos fixos. Só o conheceremos na competição. A organização fala muito também em uma navegação complicada. Isto esperamos que realmente seja, quanto pior, melhor!!
- Qual será o objetivo da equipe?
Existem pelo menos 15 equipes muito boas. Lutaremos para repetir o feito do Eco-Challenge, terminando entre os 12 melhores. Mas se chegarmos entre os 15, já estaremos satisfeitos.
Mais informações: www.raidthenorth.com
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