Release final da Paletada Short Adventure, segunda etapa do Circuito Baiano

Por Redação - 24 Ago 2004 - 13h27
Aconteceu no último domingo, 22, na Costa dos Coqueiros, Litoral Norte, entre os povoados de Arembepe, Barra do Jacuípe e Guarajuba, mais uma corrida de aventura baiana. Desta vez foi a Paletada Short Adventure, 2ª etapa do CBCA (Circuito Baiano de Corrida de Aventura). A prova foi curta, com 40 km de percurso, divididos nas modalidades de trekking, orientação, natação e mountain-biking. Competiram 20 equipes, sendo 11 quartetos mistos (categoria principal) e 9 duplas (categoria criada para permitir a participação de equipes sem atletas mulheres).

A concentração dos competidores no local de largada aconteceu a partir das 7 horas da manhã, pois nesta etapa foi implementado o check-in antecipado e o briefing eletrônico. Mas, somente minutos antes da largada é que foram entregues os Race e Road Books, após o lacre dos celulares e a entrega dos alimentos solicitados para doação, cujo total arrecadado chegou ao número de 140 kg.

A agitação foi instantânea: assim que as equipes pegaram as coordenadas dos PC's e AT's, começaram a plotar, e viram que na largada eles já enfrentariam uma natação de 150 metros. Começou a contagem regressiva: separa os equipamentos, o rango, impermeabiliza os tênis, corre-corre daqui, de lá, alonga daqui, alonga de lá, e cada vez mais o tempo ia passando e a adrenalina ia aumentando.

Às 8h10m foi dada a largada! Vinte equipes, 62 atletas, eufóricos e com sede de corrida de aventura! Na largada só se via a água subindo e a galera "voando baixo". A correnteza ajudou um pouco, pois a maré estava no final da enchente. Meia hora depois, a primeira equipe (que correu muito, muito mesmo) chega no PC1, a 5 km de distância, localizado na praia, no emissário submarino. Este primeiro trecho foi todo em areia de praia, e pior, areia quase fofa, se não fosse a chuva que havia caído na madrugada (e essa mesma "chuva" preparou, literalmente, o terreno para os atletas).

Após o PC1, as equipes seguiram num trecho de navegação forte, em sentido oposto ao mar, rumo ao PC2, localizado após 5 km, bem pertinho, mas detalhe: havia duas trilhas paralelas, que levavam até o PC2, só que a trilha mais curta era completamente dentro de um charco pesado, cheio de trilhas submersas, havia trechos de água até o pescoço, pois a havia chovido e o nível da água subiu muito! Quem escolheu ir por ali, sofreu! Teve que nadar de novo! O espaçamento entre as equipes no PC2 já estava aumentando e a equipe Rumo Certo, formada por triatletas, abriu 20 minutos de vantagem na frente da segunda. Eles alcançaram o PC3 às 11h07m (um horário, relativamente tardio, pois a previsão de chegada da primeira equipe era às 10h). Percebeu-se imediatamente que a prova estava com um nível técnico muito grande, o terreno estava pesado por causa da chuva, mas o sol estava de rachar!

No PC3 era também a AT2, área de transição de trekking para mountain-biking (MTB), e era onde os competidores tinham que pegar o segundo Race Book, com as próximas coordenadas. Mais uma vez, corre-corre e plotagem dos pontos no mapa! As equipes demoraram muito na transição, levaram em média 26 minutos, onde a mais rápida só levou 12 minutos.

A partir daí, a navegação precisa foi essencial para continuar bem a prova. Apesar do PC4 estar a apenas 8 km do PC3, a primeira equipe levou quase duas horas para alcançá-lo. Com a mesma problemática do terreno alagado, as equipes que escolheram ir pelo caminho mais curto, tiveram que carregar as bikes e empurram por muito charco!

O tempo de prova estava se estendendo e às 16 horas era o corte no PC4. Mas, enquanto isso, a equipe Espírito Selvagem, que estava na segunda posição, colada na Rumo Certo, rompeu o lacre do celular e chamou o resgate médico: um de seus competidores estava "queimando em febre", completamente cansado e fraco, pois estava com uma Faringite forte, desde o início da prova, aliás, desde uns dias anteriores. Mas, o cara é guerreiro! Logo após um descanso ele melhorou, e queria continuar, mas, a equipe preferiu parar ali – o correto! Foram resgatados e ficaram bem. Outras equipes se perderam por muito tempo e acabaram desistindo.

Difícil mesmo foi achar o PC5. Isolado num ponto onde nem os próprios nativos acreditam que é possível passar de moto, o single track para chegar nele era "animal", muito "animal". Um up-hill radical! Apenas oito equipes chegarem. E um grande detalhe: a Rumo Certo não havia chegado na frente, não. Quem chegou foi a equipe Companheiros de Aventura, que até o PC4 estava na 10ª posição. Mas, a constância no ritmo e a navegação sem erros levou-a até lá.

Seguindo a prova: do PC5 até o PC6 era moleza, estrada de barro batido, quase linear, navegação fácil e a galera disparou rumo ao final. E por falar em rumo, a Rumo Certo havia reencontrado o seu rumo e disparou do PC5 até o PC6, quase alcançando a Companheiros de Aventura, por 9 minutos. Do PC6 até a chegada seriam quase 5 km em Bike and Run, mas o tempo de prova estava acentuado, já eram 16 horas da tarde e o corte forçou os atletas a continuarem na mesma modalidade, Mountain Biking (MTB).

A dificuldade maior já havia passado, e agora era correr e correr, aliás, pedalar e pedalar. As Companheiros de Aventura se mantiveram na liderança até o final da prova e a equipe Rumo Certo disparou em busca do primeiro lugar, mas por 3 minutos não alcançaram. Também, a Rumo Certo recebeu uma penalização de 15 minutos por ter tido contato com a equipe de apoio no PC6, antes dos PC4 e PC5. Mas, o que esta prova mostrou aos competidores foi que é preciso ter uma navegação muito boa, muito preparo físico e uma equipe de apoio em sintonia com a equipe de prova, para haver uma boa transição, que 90% das vezes depende, realmente, das equipes de prova. Um exemplo disso foi a equipe Muriqui, que no PC2 estava na 16ª posição e conseguiu terminar a prova em 3° lugar. A equipe Carcará também estava, até o PC3, em 19° lugar e chegaram em 4°.

Ao final, concluíram 14 equipes, sendo que seis terminaram com o corte de prova. Uma equipe desistiu por motivos clínicos e cinco abandonaram a prova. A premiação das equipes aconteceu ao final da prova, após todas as equipes terem passado pelo último PC(6) ou terem sido resgatadas. Elas receberam troféu e medalhas, e os três primeiros lugares da categoria principal receberam 100%, 80% e 60% de desconto, respectivamente, nas inscrições do Brasil Wild. Veja abaixo o ranking final:

Categoria Principal - Quarteto Misto

1° Lugar - Companheiros de Aventura - 8h32m
2° Lugar - Rumo Certo - 8h35m
3° Lugar - Muriqui - 8h39

Maiores informações no site: www.paletada.com.br/adventure

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24 Ago 2004 - 13h27 | nordeste |
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