Resultado final da última etapa do Circuito Ecogerais

Por Wladimir Togumi - 14 Dez 2004 - 02h30

Trinta e três equipes, entre quartetos e duplas, estiveram presentes neste final de semana na Serra do Cipó (MG) para a última etapa do Circuito Ecogerais de corridas de aventura. A região serviu como via de acesso aos Bandeirantes que partiam de São Paulo em busca de ouro e pedras preciosas após o descobrimento do Brasil e chegavam até a cidade de Diamantina, onde existiam diversas jazidas de diamante.

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Foram montados dois percursos: um de 40 quilômetros para as duplas iniciantes e outro de 120 quilômetros, para quartetos e duplas mais experiêntes. As modalidades envolvidas foram a orientação, trekking, mountain bike, canoagem, flutuação, técnicas verticais, e ainda o ride´n run no percurso mais longo. A corrida teve a participação das melhores equipes de Minas Gerais como a Trotamundo, 4 Cantos do Mundo e Carcará, além dos brasilienses da Oskalunga Brasil Telecom, que também correu com uma dupla, e dos cariocas da Niterói e da Mão de Pedra.

A concentração e entrega dos mapas, já plotados, aconteceu no Camping Pedreira Grande na manhã de sábado. Rapidamente os atletas começaram a analisar os mapas e se alongarem para a largada de mountain bike. No PC1 os atletas tiveram que passar por uma pinguela, uma pequena ponte de madeira sustentada por cabos de aço, cruzando o Rio Cipó.

No PC2 as duplas da prova curta deixaram as bicicletas e se dirigiram para o PC4 de trekking, enquanto os atletas da prova longa seguiam para o mesmo PC ainda nas bicicletas. Esse foi o primeiro trecho da corrida que exigiu bastante dos navegadores e onde as equipes perderam bastante tempo para encontrar o posto de controle 3.

No PC4, montado perto da Cachoeira Grande, as equipes tinham que atravessar uma ponte de cordas para cruzar novamente o rio Cipó. A proximidade das equipes fez com que fosse criado um congestionamento na travessia e a demora levou alguns atletas a cruzar o rio a nado. As duplas foram as primeiras, já que estavam a pé e carregavam pouca coisa, mas logo depois algumas equipes da prova longa decidiram pular no rio e chegar na outra margem nadando e puxando suas bicicletas. Alguns atletas achavam que ao entrar na água a bicicleta iria afundar mas depois de ver os rivais chegando são e salvos do outro lado, não pensaram duas vezes e pularam na água.

Após a travessia as equipes da prova longa se dirigiram para o PC10, primeira área de transição e onde encontraram a equipe de apoio pela primeira vez. As equipes da prova curta continuava no trekking e chegava no PC5 para pegar as canoas canadenses para descer e subir o rio. Enquanto as primeiras equipes terminavam a canoagem as últimas ainda aguardavam para fazer a travessia na ponte tibetana.

Terminada a etapa de remo as equipes seguiram para fazer o rapel na Pedreira Grande, uma antiga área de extração de mármore que foi transformada em Área de Proteção Ambiental. Após a descida os atletas seguiam para a linha de chegada, novamente no Camping Pedreira Grande. A primeira dupla a chegar foi a Encurralados, seguida da Programa Trilhas e da Ariranha.

Enquanto as duplas se alimentavam, tomavam o merecido banho e voltavam para casa, os atletas da prova longa deixavam suas bicicletas no PC10 e começavam um dos trechos mais bonitos mas também mais difícil da corrida. O início da noite também passava a ser outro desafio a ser superado pelos atletas, principalmente para aqueles que estavam na sua primeira prova longa.

Após sair da área de transição os atletas tiveram que cruzar o rio Parauninha a nado. Para evitar que as roupas molhassem os atletas colocaram roupas, tênis e meias nas mochilas e as prenderam no cabo de aço da balsa. Enquanto nadavam eles puxavam sua mochilas e garantiam que não teriam problemas durante o trekking noturno. Passando pelas cristas da serra e pelo Pico do Breu os atletas tinham como objetivo chegar na Lapinha (PC13). A primeira equipe a chegar nessa segunda área de transição foi a Oskalunga Brasil Telecom e em segundo lugar, com pouco mais de meia hora de diferença, chegou a Mão de Pedra.

Nesse posto de controle as equipes formadas por 4 atletas eram divididas e enquanto dois atletas remavam até o PC14 e voltavam, os outros dois passavam nos PC´s 16 e 17 na modalidade de ride´n run, com um cavalo para cada dupla e retornavam para reencontrar o restante da equipe. Reagrupadas novamente as equipes pegavam novamente as bicicletas para começar a volta por Santana do Riacho. As duplas não se dividiam e seguiam direto para o mountain bike.

A Oskalunga Brasil Telecom cometeu um erro de navegação na etapa de canoagem e foi ultrapassada pelos cariocas da Mão de Pedra, que aproveitaram a oportunidade e saíram em primeiro lugar. Devido à chuva e o frio que fez durante a noite, algumas equipes resolveram parar para descansar e só chegaram na Lapinha no início da manhã de domingo.

Apesar da primeira posição a equipe Mão de Pedra se viu obrigada a diminuir o ritmo devido a um problema no freio de uma das bicicletas. Com isso a equipe Oskalunga Brasil Telecom a ultrapassou e ficou com a vitória dessa última etapa do Ecogerais. Depois de ter 8 pneus furados no primeiro mountain bike a equipe Trotamundo estava satisfeita com a quarta colocação e parou para tomar um café no PC19. Os atletas então foram alertados que equipe da frente tinha saído a pouco mais de 0:30h e decidiram tentar alcançá-la. Eles conseguiram ultrapassá-la durante a etapa de canoagem e conquistaram o terceiro lugar.

Classificação final

Longa quartetos:
1ª - Oskalunga Brasil Telecom
2ª - Mão de Pedra
3ª - Trota Mundo

Longa duplas
1ª - Se Não Aguenta Bebe Leite / By Japão
2ª - Sabia que era pau porque veio
3ª - Oskalunga Brasil Telecom

Corrida Curta
1ª - Encuralados
2ª - Programa Trilhas
3ª - Ariranha

Mais informações e resultado completo: www.ecogerais.com.br

Wladimir Togumi
Por Wladimir Togumi
14 Dez 2004 - 02h30 | sudeste |
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