Perfil: Oskalunga Brasil Telecom

Por Redação - 11 Abr 2005 - 20h20

A equipe Oskalunga foi criada no ano 2000, mesmo ano em que aconteceu o primeiro circuito de corrida de aventura em Brasília, o Ecocerrado. Mas os atletas não participaram dessa primeira etapa e ninguém se conhecia ainda. Nesse começo do esporte, as equipes eram formadas por 3 integrantes e Monclair, já sabendo do evento, procurava por duas pessoas para formar a sua. Em uma festa de aniversário de um amigo comum ele se encontrou pela primeira vez com o Guilherme, que já tinha uma boa noção de navegação, e a equipe se completou com Janaina, namorada dele.

Guilherme trabalhava em loja de equipamento outdoor e Monclair era professor de inglês. Um de seus alunos era dono de uma rede de supermercado e foi o primeiro patrocinador da equipe, possibilitando a participação da equipe na corrida em Pirinópolis. Com a equipe formada e a inscrição garantida, faltava um nome na equipe e eles decidiram homenagear os remanescentes de escravos que vivem próximo à cidade de Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros, e que são conhecidos por Kalunga. Com a estilização proposta pelos atletas, a equipe passou a se chamar Oskalunga.

Eles chegaram no local da prova 15 minutos depois da largada, recuperaram bem mas acabaram perdendo um PC e foram desclassificados. A equipe vencedora da etapa foi a Kalanga, capitaneada pelo Lico (Frederico Gall).

A segunda corrida da equipe foi novamente em Pirinópolis. "Conseguimos alguns apoios: uma pousada, uma loja de bicicletas e alguns suplementos (depois descobrimos que eles estavam vencidos). A Jana curtiu a experiência, mas não tava muito na pilha de se envolver com competições. Encontramos uma menina muito forte (hoje é uma das mulheres mais fortes do mountain bike do Brasil), a Jú. Corremos com ela a terceira etapa do Ecocerrado e ficamos em terceiro. Nesta corrida conhecemos a Barbara, que estava em outra equipe e passamos a maior parte da corrida juntos", explica Monclair.

"Em 2001 a Jú não tinha condições de continuar correndo e a Barbara tinha um apoio. Rolou uma substituição. Já não dava mais aula para o dono da rede de supermercados. Estávamos decididos a correr o circuito brasileiro que era organizado pelo Alexandre Freitas. Perdemos as duas primeiras etapas e competimos apenas da terceira em diante, que foi a de Santa Rita do Passa Quatro – organizada pelo Zolino. Para chegar lá, fomos e voltamos em um Chevette sem freio de Brasília a Santa Rita. Tínhamos equipamentos emprestados, organizados em sacos de supermercado", completa. Durante esse primeiro ano de participação do circuito brasileira a equipe usava durante a corrida agasalhos de moleton e mochilas da Company, uma realidade oposta às pick-ups importadas e equipamentos de ponta das equipes da região sudeste. "Quase nos matamos, mas no final chegamos em sétimo, na frente de boas equipes".

A etapa seguinte foi a Litoral 2001, com largada em Bertioga e a mudança na formação das equipes: agora seriam 4 atletas ao invés de 3. Eles decidiram chamar um atleta de mountain bike de Brasília para completar a equipe, mas acabaram fazendo mais amizade com o cara que fez apoio. Esse cara era o Lico. Assim foi formada a equipe OSKALUNGA. Em 2004, decorrente de uma lesão após ser campeã do Iron Man Brasil Telecom (categoria 18-24anos), Bárbara foi substituída (temporariamente) por Fernanda Maciel que passou a fazer parte da equipe.

Escolha das corridas
Nesse ano de 2005 a equipe está de contrato renovado e está escolhendo os circuitos e as provas que participarão seguindo alguns critérios: pontuação no ranking, premiação, tamanho da prova, credibilidade da prova (segurança, estrutura e etc) e regulamento claro. "Acreditamos que os regulamentos devem ser mais claros e queremos junto com outros atletas pedir aos organizadores que aperfeiçoem os regulamentos e uma vez começado o circuito não mudem as regras. Estamos também voltando a pensar em provas estrangeiras", disse Monclair.

Treinamento
O treinador da equipe é o Alexandre Ribeiro – campeão mundial de UltraMan e recordista do Race Across América. O treino é de acordo com o objetivo de provas, mas eles tentam correr o maior número de prova "pura pilha de estar correndo". Além das corridas de aventura, participam de prova de mountain bike e corrida de rua. O Frederico e a Barbara gostam do triatlon, o Guilherme escala bastante e Monclair treina apnéia. A base do treino é ciclismo, corrida, natação, canoagem e musculação e os treinos tem a duração entre 3 e 6 horas, 6 dias por semana.

"Apesar de morarmos na mesma cidade, não moramos próximo uns aos outros. É comum treinarmos sozinhos ou em duplas. Nos fins de semana é mais fácil treinarmos todos juntos. No entanto cada um sabe o que tem que fazer e todos curtem muito treinar".

Monclair Cammarota
Formação: Professor de Inglês, Estudante de Engenharia Florestal, Instrutor de mergulho
Profissão: atleta profissional de corrida de aventura
Idade: 27 anos
Residência: Brasília

Guilherme Pahl
Formação: Estudante de educação física, Instrutor de escalada
Profissão: atleta profissional de corrida de aventura
Idade: 24 anos
Residência: Brasília

Barbara Bomfim
Formação: Professora de Inglês, Estudante de Engenharia Florestal
Profissão: atleta profissional de corrida de aventura
Idade: 22 anos
Residência: Brasília
Frederico Gall
Formação: Designer, Pós graduação em ecoturismo
Profissão: atleta profissional de corrida de aventura
Idade: 30 anos
Residência: Brasília
Fernanda Maciel
Formação: Direito
Profissão: Consultora jurídica e coordenadora do núcleo de autos de infração da FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente).
Integrante da ONG "Amigos do Planeta" ligada ao incentivo dos esportes e da conscientização ambiental, reciclagem e preservação.
Idade: 25 anos
Residência: Belo Horizonte
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11 Abr 2005 - 20h20 | General |
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