Niclevicz, Burda e Negrete chegam ao topo do Everest

No dia 02 de junho, no cume da montanha mais alta do mundo, o Monte Everest, com 8.848 metros, três brasileiros comemoravam a conquista do topo do mundo. Waldemar Niclevicz e Irivan Burda, do Try On Team, escalaram a montanha pela Face Sul (Nepal) e Vitor Negrete, da Try On Expedition II, que subiu pela Face Norte (Tibet). Rodrigo Raineri, parceiro de Vitor na expedição, chegou até os 8.800 metros e devido ao horário tardio e preservando a sua segurança resolveu descer. “Este não é o melhor momento para se falar nisso. Quando chegar no Brasil eu conto a história. Foi mais emocional do que físico”, explica Raineri. Os brasileiros enfrentaram uma descida bastante complicada. “Na madrugada depois do cume nós sofremos bastante porque a barraca que iríamos ficar depois do ataque foi desmontada pelos nossos sherpas. Tivemos que descer durante a noite mesmo”, conta Negrete. No começo da madrugada, os alpinistas encontraram abrigo na barraca de uma dupla de amigos, americanos, e aguardaram o dia amanhecer. “Entramos na barraca em torno da uma hora da madrugada e dormimos. Durante o sono, tivemos um leve congelamento nas extremidades, já que estávamos bastante desidratados”, conta Raineri. Quando o dia começou a clarear, a dupla seguiu rumo ao Acampamento Base Avançado. Raineri confirma que estão todos super felizes e bem, com belas histórias para contar quando chegarem ao Brasil. Além das escaladas, Vitor Negrete participa das corridas de aventura, integrando a equipe Try On Landscape. Do outro lado da montanha, na Face Sul, Waldemar Niclevicz e Irivan Burda estão no Acampamento 2, a 6.500 metros de altitude. “Conseguimos realizar o nosso objetivo de voltar ao alto do Everest e novamente abrir a bandeira do Brasil. Realizamos este sonho no dia 02 de junho, exatamente às 10h da manhã (horário do Nepal). Quando as expectativas estavam praticamente perdidas, voltei a pisar no alto da maior montanha do mundo”, descreve Niclevicz. O alpinista afirma que a conquista foi bastante difícil, passando praticamente dois meses na montanha. “Foi um sonho que teve a mesma emoção de 10 anos atrás. Por duas horas o topo do Everest se tornou verde e amarelo”, comemora. Segundo Niclevicz um dos momentos mais emocionantes da expedição foi quando encontraram Vitor Negrete no cume. “Uma das surpresas mais agradáveis de toda a expedição foi quando estávamos no alto dos 8.848 metros a ponto de iniciar nossa descida, quando Vitor Negrete se aproximou. Nos emocionamos e vibramos juntos com esta bela conquista. Foi um momento único e especial”, descreve Niclevicz. Em seguida, cada um desceu a montanha pelo seu lado.

Por Redação
07 Jun 2005 - 08h30 | General |