Leia entrevista com Fernanda Maciel, da equipe Oskalunga
A cidade de Sabará recebe, neste sábado, o Circuito Estrada Real de Corrida de Aventura, que será realizado no percurso da Estrada Real e conta pontos para o ranking Estrada Real, Mineiro e Brasileiro da modalidade. Localizada a 25 km de Belo Horizonte, a cidade é uma das mais antigas e turísticas do estado. Além de contar com um trecho da Estrada Real, estão localizados na cidade uma série de parques e reservas ambientais, onde se destaca o Parque Chácara do Lessa, que contém as Trilhas do Cedro e do Mirante, Minas de Ouro do século XVIII, Orquidário, Lago de Carpas e outras atrações.
O Circuito Estrada Real de Corrida de Aventura é formado por três etapas. Além da corrida de Sabará, acontecem outras duas, em 10 de setembro e 27 de novembro.
Veja a entrevista com Fernanda Maciel, que participará da prova junto com seu irmão, Kadu Maciel:
Qual sua expectativa sobre a prova, sobretudo em relação à navegação, modalidade que vc tem pouca experiência?
A primeira e única vez que naveguei foi numa prova de 30 kms que fiz em Minas em 2003 e por MUITA SORTE do destino, pois tinha conhecimento quase "nulo" na modalidade de orientação, fui campeã geral com minha amiga Gal.
Agora, na prova do próximo sábado, do Circuito Estrada Real de Corrida de Aventura, a ser realizada em Sabará (cidade histórica onde morei por 2 anos), quero apostar não somente na sorte, mas na experiência que adquiri durante esses anos correndo com a Oskalunga e tentar fazer o melhor nesta modalidade que ainda estou aprendendo. Será um super treino ou um super teste, mas sei que desafios me instigam, mesmo ficando por várias vezes perdida, ficarei feliz!
Além deste grande desafio, haverá outro ainda maior... correrei com meu irmão, o Kadu Maciel. Ele é um super mano, amigo mesmo e muito forte na corrida, porém nunca pedalou na vida. Descolamos uma bike emprestada e estamos empolgados, acreditando que tudo dará certo!
Quais as últimas/principais provas que você correu e quais os resultados?
- Campeã do Circuito Mineiro de Corridas de Aventura - Ecogerais - 2003.
- Campeã do Circuito CALOI ADVENTURE CAMP - 2004.
- Campeã Brasil Wild - 2004.
- Campeã Carioca Adventure - 2004.
- Campeã Brasil Wild - Etapa Serra da Canastra - 2005.
- 2º lugar, Sul Brasilis- 2004.
- 2º lugar, Expedição Chauás, com equipe Clight Salomon Atenah -2005.
- 4º lugar, Ecomotion Qualifing, com equipe Clight Salomon Atenah -2005.
- 6º lugar, ECOMOTION PRO - WORLD SERIES - Ranking Internacional-500 km-Costa do Dendê/BA - Brasil - 2004
Qual a sua opinião sobre as provas de corrida de aventura em Minas Gerais?
As provas de aventura em Minas são, modéstia parte, as mais fascinantes. Inúmeras serras, rios, cachoeiras e vales, do jeito que gostamos, além do clima agradável e vegetação inacreditável. Os organizadores são super competentes, pois além de procurarem o melhor e mais lindo percurso, nos fornecem segurança, mapas bem feitos e estão buscando uma premiação cada vez mais gorda! O único ponto fraco é a falta de grandes patrocínios. Onde estão vocês patrocinadores? O esporte de aventura é o esporte da época!
Que outros esportes você praticou antes e por quê corrida de aventura?
Sou atleta desde os 8 (oito) anos de idade. Fui campeã mineira de Ginástica Olímpica, brasileira de jiu-jitsu, competi provas de atletismo e, em 2003, com o convite de um vizinho, o Rato, resolvi fazer minha primeira prova de aventura, a Ecogerais, com a equipe A gata e o Rato.
Não sabia pedalar e muito menos rapelar, mas mesmo assim foi um sucesso, pois ficamos com a segunda colocação na categoria dupla mista. A partir daí não parei mais...
A corrida de aventura é viciante! O contato com a natureza é algo inexplicável, a energia e o espírito que rola nos transforma em seres cada vez mais fortes e cheios de luz. É um esporte bem complexo por ser multidisciplinar, imprevisível (existem milhões de variáveis e incógnitas referentes ao percurso e o comportamento de seu companheiro de equipe) e exige não apenas força física, mas equilíbrio mental e emocional.
Como você entrou na Oskalunga e como é estar em 1º no ranking brasileiro de corridas de aventura?
Comecei a correr na equipe Oskalunga Brasil Telecom em junho de 2004 convidada pela Bárbara Bomfim, que havia se lesionado ao ser campeã do Ironman em sua categoria. Nos conhecemos ao fazer uma viagem pelas terras dos Kalungas em Goiás, eu, ela e nossa amiga Lillen e, desde então, nos tornamos amigas pessoais e parceiras de equipe!
Estar em primeirão no Ranking Brasileiro é maravilhoso, ver todo trabalho e esforço do dia-a-dia concretizado e toda vibração em prol de novas oportunidades.
Como são os treinos de vocês e qual a formação atual da equipe ?
Todos nós da equipe treinamos forte, acompanhados de nosso técnico Alexandre Ribeiro e, sempre quando dá, nos encontramos para os famosos intensivos. Acredito que hoje estamos bem no cenário nacional por formarmos uma equipe completa, temos um precioso navegador (Guilherme), duas ótimas mulheres, (eu e Bárbara), dois super homens (Frederico e Monclair) e mais outros três agregas (Paulo Guimarães, Zolino e Manzan).
Nota do autor: a atleta Fernanda Maciel é uma ´agrega´ da Equipe Clight Salomon Atenah, com quem tem realizado algumas provas.
09 Jun 2005 - 23h29 | sudeste |
