Na manhã desta segunda feira foi dada a largada da primeira edição da Expedicion Guarani, uma corrida de aventura de aproximadamente 600 quilômetros no Paraguai. Em largada em estilo Le Mans, com os participantes correndo até suas canoas para remar no rio Paraguai, que faz fronteira com a Argentina.
Depois de um final de semana de tempo bom, o clima mudou e o vento forte contrário e as ondas provocadas por ele colocou um novo desafio para os expedicionários. Para complicar, as bicicletas tiveram que ser levadas dentro das embarcações e as canoas, instáveis por natureza, ficaram ainda mais propensas a virar.
As equipes puderam experimentar e testar o melhor jeito de transporte o dia anterior, logo depois do prólogo, que consistiu em 2 atletas de cada quarteto nadar até a ilha Lambare, em frente ao hotel, e voltar remando uma canoa cada, que será sua embarcação até o final da prova. Além disso a ordem de chegada definiu o posicionamento do barco na areia, facilitando a saída na água.
Várias equipes tiveram a canoa virada no meio do rio, entre elas a brasileira Guanacos. Fernando Boccia disse que a equipe conseguiu chegar na margem e voltar a remar rapidamente, perdendo aproximadamente 15 minutos.
Outra equipe virou 5 vezes e foi ajudada pela organização.
Todo o controle da prova está sendo feito eletronicamente, com o uso de um dispositivo usado individualmente. Todos os atletas devem "marcar" sua passagem em um leitor em cada posto de controle, evitando que apenas um dos competidores encontre e marque o PC. Existe também um tempo limite entre a marcação de cada participantes e caso haja uma distância muito grande entre os integrantes a equipes será desclassificada.
As equipes receberam apenas uma parte dos 26 mapas de prova. As escalas das seções de canoagem e mountain bike é 1:50.000 enquanto que as de trekking estão em 1:25.000, todas atualizadas pela organização.
Um dos diferenciais desta corrida é a organização oferecer água, isotônico e refrigerante nas transições. Nos locais de parada mais longa os participantes terão disponível até mesmo refeição e serviço mecânico de bike, como no AT5, onde há uma parada obrigatória de 2 horas.
Infelizmente para os navegadores essas horas passarão muito rápido porque será onde as equipes receberão a segunda parte dos mapas.
O clima está muito melhor que o previsto para quem está correndo. O calor abafado comum na região, deu lugar a um tempo nublado e não temperatura amena. À noite, como sempre, a temperatura cai, mas para quem está em atividade fisica, é capaz de nem sentir frio.
Ainda há muito prova pela frente e a organização prevê que as primeiras equipes cruzem a linha de chegada na quinta feira. Pelo ritmo que a Adidas Terrex está imprimindo, não será surpresa a equipe campeã ser definida antes.
O Brasil está muito bem representado na categoria Expedição pela QuasarLontra/Advogado Aventureiro/Kailash, Curtlo Lobo Guará, Guanacos AKSA, Go Crazy AKSA, além de integrantes na Adidas Terrex (Guilherme Pahl e Camila Nicolau) e na Team Trail del Viente (Juliana Lemes Fernades e Diogo di Sordi).
Na categoria Aventura (250 quilômetros), temos a Advogado Aventureiro e Competition Aroeira.
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