Relato equipe AMS Esportes de Aventura na Gralha Azul Tijucas do Sul 2016

Por Redação - 17 Fev 2016 - 13h34

Por: Tiago Perez de Getúlio Vargas

O telefone toca, surge um convite: "Vamos para a Expedição Gralha Azul em Tijucas do Sul no Paraná?" Segundos de pensamento e a resposta não poderia ser outra, sim.

Mais um final de semana de aventura na agenda. Mala pronta e na quinta feira à meia noite embarco rumo a Porto Alegre. Com os primeiros 350 km na conta, desembarco na capital do estado às 5:30 e meu companheiro de equipe, Miguel, me espera.

Depois de algumas horas reunimos a equipe: Benito Brocca, de Canoas; Fernanda Finkler, de Mato Leitão; Miguel Rampazzo, da capital; e eu, Tiago Perez, de Getúlio Vargas.

Equipe AMS na Gralha Azul Tijucas do Sul 2016

Depois de uma longa e divertida viagem, com direito a paradas para um café, compras de alguns equipamentos e afins, chegamos a desconhecida Tijucas do Sul. Oito horas da noite, éramos a primeira equipe a chegar no ginásio de concentração para a prova que teria sua largada às 9:30 da manhã de sábado.

Recepção das equipes,  montagem do equipamento e nervosismo à flor da pele. Da minha parte o nervosismo era vindo da preocupação de como seria pela primeira vez competir em um quarteto e o medo de não corresponder à altura da minha querida amiga Fernanda Finkler. O nervosismo vinha da visão ímpar que tivemos dos morros que cercavam a região em que competiriamos. Miguel esbanjava tranquilidade e bom humor,  Benito demonstrava sua já característica calma e serenidade.

Depois de um ótimo café da manhã e uma organização que merece ser prestigiada por nós e de total mérito do nosso amigo Heitor e sua equipe, chega a hora da largada. Todos à postos, prova com previsão de 11 horas e expectativa de 16 ou mais. Coisas já tradicionais das provas do Heitor.

Equipe reunida para a viagem até Tijucas do Sul

Largamos. Prova disputadissima, equipes fortes, reconhecidas no cenário nacional, quem quisesse o pódio não poderia falhar e se falhasse,  como foi nosso caso, teria que buscar forças e energia dos pensamento mais particulares e uma motivação ininterrupta da equipe para se recuperar ao longo dos desafiadores 100 quilômetros.

A prova se desenvolve, calor, sol escaldante, percuso fantástico,  morros sem fins, pedras soltas, barro, plantações, áreas de reflorestamento, canoagem, trecho sinuoso, desafiador, técnicas verticais. E aí não posso deixar de dizer, que sensacional, não cabe outro termo, uma cachoeira espetacular e uma tirolesa de tirar o fôlego e era apenas metade da prova.

Segundo trecho no trekking. Lindas paisagens, varando mato e subindo morros, achando lagos, azimutando, achando trilhas,  caramba,  que trecho,  e a pressão do relógio nos empurrando noite a dentro, com muito chão pela frente.

Adentramos a noite e tudo se multiplica. O cansaço já bate forte, mas a motivação também, pois nossa até então sexta colocação se transformou em um extasiante 2° lugar, e depois disso ninguém nos pararia, nem mesmo pneu rasgado, cansaço,  fome, sono e afins. Nestas horas o bom humor ja não aparecia tanto, mas não deixávamos nos desanimar. Pelo contrário, os laços de carinho e amizade e companheirismo ja estavam aflorados, assim como a brutalidade e o desejo de vitória.

Ultrapassamos a meia noite e já era domingo, quando após o ultimo PC avistamos as luzes da cidade. Adrenalina a mil, parecia que o cansaço não mais existia em nossos corpos, enfim chegávamos ao ginásio para cruzar a linha de chegada.

Resultado: um 3° lugar, heróico e suado diga-se de passagem, com o tradicional gosto de sangue, suor e lágrimas, tradicional da Corrida de Aventura. Mas um sabor de vitória absurdo em que o lugar do pódio não chega a ser o fato relevante da noite.

Corrida de aventura é isso! Que coisa viciante, que esporte contagiante! E que satisfação dividir momentos desses com amigos, que passam muito longe de serem adversários, pois sinceramente por mais que sejamos de equipes diferentes, somos todos uns loucos,  loucos por Aventura,  endorfina, adrenalina e diversão.

Como diz o lema da Gralha Azul,  "só termina quando acaba " e sinceramente, quando acaba a gente quer de novo.

Parabéns à organização, que deu um show de logística e estrutura. Obrigado aos meus companheiros da AMS Esportes de Aventura. Obrigado aos amigos competidores pelos momentos desfrutados.

Parabéns aos vencedores,  mais ainda mais parabéns a todos que saem da zona de conforto e se aventuram, pois esses sim sabem do que estou falando.

Há e se você não faz corrida de aventura, um aviso: CUIDADO, pois esse esporte vicia!

Tiago Perez de Getúlio Vargas
AMS Esportes de Aventura

Serviço
Gralha Azul Expedições 2016 - 1ª etapa
13.02.2016
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Por Redação
17 Fev 2016 - 13h34 | sul | Corrida de Aventura
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