Se fizermos uma anologia ao famoso “meme nutella” podemos dizer que a Gralha 300 foi “RAIZ de verdade”. Não teve moleza, a todo momento muita adversidade esteve presente. A cidade sede foi Guarapuava (PR) que em pleno feriado da independência abriu suas portas para receber atletas dos estados RS, SC, PR, SP, MG e até do país vizinho Argentina.
Por ser uma prova de alto nível técnico, boa parte dos atletas fazem parte dos “top 10 do ranking brasileiro” e alguns até já participaram de provas internacionais. Para esse evento a Gralha Azul surpreendeu oferecendo vagas para os quartetos que estavam entre as top 10 do ranking brasileiro.Outras categorias também puderam se inscrever.
A largada aconteceu às 3:00hs de 08 de setembro onde os atletas seguiram para explorar a beleza inóspita da natureza na região da Serra da Esperança e partiram para um trekking de montanha já com a navegação extremamente técnica, destacando que isto foi um fator constante na prova. Foram 16 quilômetros por montanhas e mata, até chegar à primeira área de transição, onde iniciou o primeiro pedal da competição.
Após 35 quilômetros de mountain bike, os corredores realizaram outra transição, para desbravar um lindo e selvagem cânion, circundado por montanhas altas e três cachoeiras gigantes. Os atletas retornaram ao AT para retomar o pedal e descer a Serra da Esperança em busca de magníficas obras de arquitetura religiosa na região de Prudentópolis, e por fim, chegar aos pés de outra maravilha natural da serra, os Saltos Gêmeos, onde foram submetidos a uma subida íngreme e desafiadora.
Após um longo e difícil trecho pedalando em meio à natureza, já noite novamente, os atletas iniciaram o trecho de canoagem pelo rio Jordão, cumprindo uma maratona aquática por infindáveis 42 quilômetros de muito contato com a natureza.
Outra vez para a bicicleta, encontraram desta vez outro tipo de terreno, passando por plantações onde o giro do pedal foi a competência mais requisitada até a transição para o último trekking. Neste ponto, somente as equipes que estavam com seu treinamento mais aprimorado e com a navegação mais afiada conseguiram chegar e em seguida partir para o último pedal até a linha de chegada.
Foram 300 quilômetros, muitas e muitas cachoeiras, single tracks,downhills, uphills intermináveis, natureza por todos os lados, dias extremamente quentes e noites com chances de hipotermia... quer dizer, todos os ingredientes para fazer uma corrida de aventura totalmente “RAIZ” “onde o filho chora e a mãe não vê”, voltada para o público exigente que quer uma prova de altíssimo nível técnico. Um evento que veio para ficar!
Para quem perdeu o desafio deste ano, o tempo já começou a correr para a preparação de 2018.
Gralha Azul: “Só termina quando acaba!
"Nos dedicamos com muita paixão nesse evento para criar um cenário de alto nível para atletas de alta performance expressarem todo seu potencial", disse Heitor Canalle, organizador do evento.
"A região de Guarapuava foi capaz de oferecer um roteiro completo para esse tipo de prova. Queremos ver esse esporte cada vez mais forte", comentou Marcelo Veigantes, organizador.
"Passamos por terrenos duros e agressivos e trilhas muito bem escolhidas, valeu a pena!", disse Thiago Drews, integrante da dupla campeã Brou Aventuras junto com José Elias.
Classificação Geral
1. Brou Aventura (MG) - Dupla Masculina
2. Lagartixa (RS) - Dupla Masculina
3. Koru AMS (SC) - Quarteto
4. Tamo Junto (SC) - Dupla Mista
5. Força Mamba Negra (SP) - Dupla Mista
6. Chauá (PR) e Guartelá (PR)- Quartetos
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