Relato de Sandro Badaró da equipe Matadentro Aventura no Haka Race Holambra

Por Sandro Badaró - 03 Nov 2017 - 12h12

Este ano não tivemos uma boa constância na equipe, com vários pequenos probleminhas entre barcos furados e integrantes lesionados.

Não corremos nenhuma prova com a mesma formação, mas estávamos tranquilos e muito bem preparados para a prova, que prometia já de início, pelas diversas possibilidades de estratégias que poderiam ser tomadas.

Matadentro Sandro Badaró

E para Holambra, iriamos mais uma vez largar com substitutos, Eu (Sandro), Vanius, Juliana, que já vinha treinando conosco, e o Vini mais novo integrantes do grupo.

Já na largada havia a possibilidade de largar correndo direto para o remo, realizado num lago a 2km da largada, onde dois integrantes faziam um bate e volta de 1km e trocavam com os outros dois, para aí retornar ao AT (área de transição) da bike na largada.

A outra possibilidade era largar direto de bike fazendo todos os PCs (Posto de Controle) até o PC06/AT01, transição para o trekking nos PCs 07 ao 10 em uma pequena mata onde pequenas e diversas trilhas colocaram todas as equipes indo e vindo para todos os lados, já que não só a categoria Pró, como também a esporte passavam todos por ali e o que mais se ouvia era "tá indo ou vindo de qual PC....rsrsrss".

E exatamente no PC08, uma gruta, que seria realizada a modalidade de técnicas verticais, uma ascensão em corda, inédita no Haka Race e novidade para muitos atletas. 

Mais uma vez, havia a possibilidade de estratégia para as equipes, que podiam optar por fazer ou não essa modalidade, desde que passassem pelo PC extra.

O PC extra estava a apenas 2,5km da largada e poderia ser feito a qualquer momento.

Em meio a todas essas possibilidades na largada, uma coisa era certa: só saberíamos qual a melhor estratégia na chegada, pois haveria equipes largando para ambos os lados, e não umas perseguindo as outras o tempo todo.

Então vamos à nossa prova: a estratégia era largar para o remo e não fazer a técnica vertical, pois pegaríamos o PC Extra de bike ao lado da largada para, em seguida, finalizar todo o restante da prova.

Alinhando para a largada começamos a analisar quem iria para que lado e a maioria dos Quartetos Pro estava de bike; somente nós e a Tubaina optamos por remar e olha que largaram no apetite;  foi aquele tirão de 2km, remo e tiro na volta, para sairmos praticamente juntos na bike, porém eles foram direto pra prova e o PC vertical.

Definida a estratégia, era não mais se preocupar com as diferenças entre as equipes, pois a coisa só iria mesmo se decidir com as equipes cruzando o pórtico.

E como em corrida de aventura dizemos que a prova só acaba quando se cruza a linha de chegada e tudo pode acontecer, o negócio era dar o melhor de cada um até o final e assim seguimos.

A previsão do tempo era de muita chuva e até nisso fomos surpreendidos, por um dia de sol para cada um.

Prova dinâmica com várias opções de trajeto, cruzando o tempo todo com atletas da Pro e Sport indo e vindo de PCs. Acelera, vai, hidrata se alimenta e foi em um desse momentos que passei a entrada da trilha do PC 03, no topo da subida e, quando paramos pra dar aquela conferida, encontramos outros atletas a equipe Matadentro, perguntando o que estamos fazendo ali. Ao lado do PC06.

Paramos para analisar e reavaliar e bora fazer o percurso ao contrário para baixo, já que havíamos subido tudo. Eu e o Vanius fomos descendo e já observando todas as bifurcações e entradas para fazer os demais PCs na volta, tentando perder o mínimo de tempo que já havíamos perdido e assim fizemos até o PC06/AT da bike e trekking no labirinto de trilhas e sobe e desce, até chegar no vertical e ver que não havia fila e nossa estratégia do PC extra não tinha funcionado. Paciência é assim mesmo, bora pra bike e fazer o dois últimos PCs até a chegada com trechão de retas e descidas de terra e asfalto.

Cruzamos o pórtico felizes e conscientes de que havíamos feito uma prova como não havíamos feito o ano todo.

Comemora, abraços, aquela foto da chegada e cerveja com os amigos como todo final de prova.

Começo a procurar os outros quartetos que haviam chegado e cadê a Tubaína, que havia feito a mesmo estratégia que nós?

Não chegaram? Pensei realmente o remo foi melhor ao final, faz parte.
Saci Aksa, já está por ali, Curto Lobo Guará e Competicion Aroeira também, cadê o resto?

Conversando do Thiago da Competition disse ele: "éramos no PC05", "como assim tava fácil" e ele, "como errou a entrada do Pc03", chega a equipe Tubaína e vai falar com Diogo e ele: "Putz, erramos na entrada do PC05".

O negócio era ficar em cima da organização pra saber como havíamos terminado e aí deu problema na cronometragem: “estamos vendo ainda...” disseram.

Até que chega a confirmação: finalizamos em quarto lugar, um pódio que veio para que pudéssemos finalizar o circuito do Haka Race de bem, com todo nosso ânimo e a sensação de todo esforço e dedicação nos treinos não foram em vão, pois as coisas são assim: nem sempre tudo dá certo ou corre como queríamos. Tivemos vários problemas durante o ano, sem desistir e valeu!

Agradeço aqui a todos que esse ano passaram pela equipe, Cocão o grande organizador e mestre da Matadentro, Vanius parceiro de todos os perrengues e navegação, Kelly Cabral, Juliana  Martuselli, Marcelo Karroza, Pedro, Vini Dias, valeu time.

Serviço
Haka Race 4ª etapa 2017
28.10.2017
Holambra (SP)
www.hakarace.com
Sandro Badaró
Por Sandro Badaró
03 Nov 2017 - 12h12 | geral | Corrida de Aventura
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