Oskalunga vence o Adventure Camp Guararema e dá o primeiro passo em direção ao Suzuki Jimny

Por Wladimir Togumi - 16.Mar.2010

O percurso do Adventure Camp sempre foi conhecido por ser bastante rápido e qualquer descuido na navegação ou mesmo um pneu furado pode deixar a equipe fora do pódium, mas a etapa de abertura do circuito 2010, realizada no último domingo (14) em Guararema, surpreendeu pelo tempo das primeiras colocadas. Um special test no meio do percurso ajudou a aumentar o tempo final e mesmo assim a primeira equipe cruzou a linha de chegada com pouco mais de 3 horas de prova.

Provavelmente uma das motivações para correr mais rápido e errar o minimo na navegação tenha sido o Suzuki Jimny para a equipe vencedora do circuito, premiação superada em valor apenas pelas provas de maior duração.

E quem saiu na frente para levá-lo para casa foi a equipe brasiliense/paulista/argentina Oskalunga, que fez uma corrida de recuperação e se aproveitou do erro das outras equipes para conquistar a vitória. Se depender do histórico de premiação com carros a equipe tem a vantagem de ter ganhando dois automóveis em anos anteriores do circuito Adventure Camp. Apesar de estar com uma formação diferente - apenas Frederico Gall é integrante da equipe original - o começo foi muito bom. A formação vitoriosa se completou com Rafael Melges, Diogo Malagon e Soledad Omar.

"Prova bastante disputada, muito dura e com muitas equipes experientes. Tivemos um pneu furado no trilho do trem, conseguimos recuperar o tempo perdido no final da bike e fizemos o teste especial 'Pezão', que deixou a gente estressado, quase nos matamos na equipe. Acho que o crux da prova foi no túnel, que conseguimos encontrá-lo rapidamente", disse Lico.

A QuasarLontra, lider da maior parte do percurso, deixou a vitória escapar das mãos quase no final da corrida e foi ainda ultrapassada pela nova equipe Santa Fé. Na premiação, Hadi Akkouh disse que a equipe é nova, mas a falta de patrocínio é antiga e os atletas estão à disposição.

Como sempre os Kids e Teens tomaram a atenção de todos antes da largada da categoria principal. As crianças impressionam pela disposição e "ritmo de adulto" quando partem para a aventura acompanhados pelos monitores. Os pais corujas disputam o melhor espaço e ângulo para registrar seus pequenos herdeiros com capacete e mochila nas costas.

Enquanto eles partem, a ansiedade na categoria principal só aumenta. Na preparação para a largada o locutor oficial Douglas Souza - o Doug - começa a "pilhar" a galera, a música aumenta, a contagem regressiva começa e o cada vez mais onipresente Magnussem acende um rojão para avisar a cidade que os aventureiros estão a caminho. Fotos e videos são feitos de todos os ângulos e a maior preocupação nessa hora é não ficar no caminho do estouro da boiada.

O primeiro desafio foi subir até o pico do morro da antena, normalmente o local mais alto da cidade e neste caso com cerca de 100 metros de desnível, e essa primeira seção de trekking - ou melhor, trail running - já mostrou que essa seria uma prova atípica, porque 15 minutos depois da largada as primeiras equipes já estavam saindo com suas bicicletas. No caso do Adventure Camp as provas mais rápidas acontecem no litoral, provavelmente pelo percurso não ter muito desnível em sua maior parte, e não nas cidades do interior.

O mountain biking misturou estradas e trilhas. No PC5 as primeiras equipes se separavam por apenas 5 minutos e enquanto elas voltavam para a arena, as últimas equipes ainda sofriam com as longas subidas.

Antes de iniciar a seção de canoagem/bóia-cross a organização preparou um Special Test que estimulava o trabalho em equipe e indiretamente a paciência dos atletas. O quarteto tinha que utilizar duas tiras de madeira para percorrer cerca de 50 metros. Se não existir sincronização na hora de dar o passo, a equipe não consegue progredir.

Depois de quebrar o ritmo da prova as equipes seguiram para o rio Paraíba do Sul. Para cada quarteto apenas um duck, dois remos e uma bóia, que deveriam ser utilizados da melhor maneira para completar a seção de canoagem. A formação mais utilizada foi com 3 atletas no caiaque inflável e o último rebocado na bóia, mas as corredeiras deixaram tudo um pouco mais complicado. Pior para os participantes da nova categoria Solo, que tiveram que fazer o trecho nas instáveis e lentas bóias. O primeiro vencedor Solo do Adventure Camp foi o atleta Jorge Elage.

No meio do caminho as equipes eram divividas: metade continuava remando e outra partia de trekking para o rogaime, que é a busca de prismas sem ordem obrigatória. O reencontro aconteceu no PC10, de onde todos sairam de trekking, passaram pelo túnel de trem e seguiam novamente em direção à arena montada na praça Ilha Grande.

Os cariocas da Tribus novamente marcaram presença com um grande número de participantes, mas a prova de Guararema não contou apenas com atletas do eixo Rio-São Paulo. Os gaúchos Valmir Schneider e Rose Müller foram convidados pela equipe Paradofobia e vieram para São Paulo exclusivamente para o Adventure Camp. Acostumados com as provas de maior duração, os atletas sofreram com o ritmo da prova.

"Para nós foi coração na boca o tempo inteiro. Estamos acostumados com provas mais longas e o Camp mostrou que temos que nos preparar melhor porque a correria é grande. Mas foi boa a prova, bem dinâmica", disse Valmir.

Depois de um dia de muito sol e calor, o clima mudou e alguns pingos d'água de aviso caíram pouco antes da premiação. São Pedro deu o tempo necessário para todos arrumarem suas coisas e iniciar a volta para casa depois de mais uma corrida de aventura, para mandar a chuva de verdade.

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