Calor e sol no Haka Race Pindamonhangaba

Por Wladimir Togumi - 21.Jun.2010

Das últimas semanas de frio intenso em São Paulo, os participantes da segunda etapa do circuito Haka Race só tiveram lembranças no começo da manhã de sábado, quando um pouco de neblina ainda era visto sob o rio Paraíba e o clima um pouco gelado pedia o uso de uma blusa. Mas aos poucos o sol começou a mostrar sua força e se tornaria um grande adversário dos participantes.

Biker Minas - Wladimir Togumi / www.adventuremag.com.br
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Nesta etapa praticamente não houve repetição de modalidade. A sequência foi canoagem, trekking e mountain biking, sendo que havia a descida de rapel no meio do trekking, mas sem a obrigatoriedade de ser realizada (com penalização) e a navegação não ofereceu muitos desafios.

A concentração da prova aconteceu no parque Princesa do Bosque, localizado às margens do Paraíba do Sul, rio que os atletas das categorias Pro e Solo fizeram a primeira seção da corrida. A velocidade de suas águas demonstrava que a canoagem até o PC1 seria rápida, mas o que preocupava os atletas era seguir em direção ao PC2, montado rio acima.

Pelo mapa era impossível saber se as margens estariam limpas o suficiente para ser percorrida a pé carregando as embarcações (ducks para duplas e caique rígido para Solo), ao invés de voltar remando rio acima. A estratégia era ficar de olho no caminho ao passar pelo local do PC2 e tomar a decisão enquanto descia o rio. Existia também a opção de seguir por uma outra estrada, mas o caminho era longo demais.

Os primeiros atletas apareceram no pasto, carregando os barcos e pulando cercas e foram seguidos pela maioria. Mesmo assim alguns participantes optaram por remar ao invés de carregar as pesadas embarcações e chegaram na frente de muita gente.

Feita a transição para o trekking, os participantes seguiram em direção ao rapel, vencendo um desnível de mais de 200 metros em pouco mais de 1 quilômetro. O terreno íngreme exigiu bastante força e como recompensa os participantes tiveram uma visão privilegiada do Vale do Paraíba.

Mas o que seria uma atividade tranquila e divertida para os atletas, se tornou uma grande espera. O gargalo no rapel fez com que muitos atletas ficassem mais de uma hora esperando pela sua vez. Apesar de haver três cordas, a operação era lenta e o pequeno espaço não permitia que três pessoas descessem ao mesmo tempo. Além disso, neste ponto aconteceu o encontro das duas categorias e tudo isso colaborou para a formação da fila.

Quem optasse por não fazer a modalidade era penalizado em duas horas, quase compensando deixar de fazer a descida e seguir adiante na corrida. E foi isso que muitas equipes fizeram. A principio elas pegaram a senha e ficaram esperando, mas ao verificar que a demora seria maior do que o esperado, desceram o morro e pegaram suas bicicletas.

O terreno plano da região de Pindamonhangaba não oferecia grandes desafios e até mesmo as áreas de plantação de arroz estavam secas, facilitando a vida dos atletas. Mas a escolha de caminho para o PC9 fez com que algumas equipes tivessem um desafio a mais: atravessar um charco com água acima da cintura.

Antes de chegar na cidade os atletas tiveram que cruzar uma ponte férrea, ativa, carregando sua bicicletas. Ali passa um trem turístico que liga as cidades de Pindamonhangaba e Campos do Jordão.

Antes da premiação aconteceu uma pequena polêmica sobre a classificação correta das equipes, que envolvia o tempo de espera no rapel e o horário de corte, mas foi determinado um critério e as equipes, premiadas.

Mais informações: www.hakarace.com

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