Edison Peña, um dos 33 mineiros chilenos que foram resgatados em 2010 depois de ficar 69 dias presos debaixo da terra em Copiapó estará presente no El Cruce 2015. Sua presença é uma das atrações desta 14ª edição, transcende as fronteiras com uma clara mensagem de superação.
"Se você demonstra a Deus que está disposto a lutar, Ele te escuta melhor do que quando se rende, porque Deus não gosta que nos damos por vencidos", contou o mineiro, que para superar as longas horas à espera de resgate, cortou as botas de trabalho com ponta de aço as transformando praticamente num par de tênis esportivo para correr nas galerias da mina.
Peña foi o décimo segundo homem a ser resgatado após sobreviver mais de 2 meses a 700 metros da superficie. "Corro desde sempre. Sou um corredor amador desde o colégio, época em que também andava de bicicleta", contou o chileno de 38 anos que era chamado pelos companheiro de trabalho de 'o atleta'. "Eu corria todo os dias dentro da mina enquanto estávamos presos".
Um mês depois de sair da mina, Peña foi uma das estrelas da maratona de Nova York. Sua estória foi tão marcante que foi convidado pela organização para assistir à corrida, mas ele foi além e aceitou o desafio de corre-la. Para o chileno foi um sonho que se concretizou.
"É uma emoção saber que vou correr o El Cruce. Participar destas provas me ajuda a pensar que posso superar cada um dos obstáculos que aparecem", disse o homem que prefere correr nas montanhas ao invés das ruas, porque "ali, a natureza te mostra o seu lugar verdadeiro no mundo e o quão pequeno somos".
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